Antes da reabertura do TMI, cuja obra de reforma foi tocada pessoalmente pelo presidente da Fundaci, Maurício Corso, o público ganhou uma bela apresentação da Filarmônica Capitania dos Ilheos. Todos os músicos, adolescentes conduzidos pelo músico e regente Letto Nicolau, estavam em trajes de gala e emocionaram os convidados com interpretações nacionais e internacionais. Na entrada e no foyer do Teatro Municipal de Ilhéus, estátuas humanas de deusas gregas e uma ambientação especialmente produzida, com móveis da década de 30 e cenas dos espetáculos que compõem a programação futura da Casa, como “Cangaço”, “Áfricas” e “Ó Paí, Ó”.
Na abertura da solenidade, uma belíssima declamação do poema “Búfalo de Fogo”, de Sosígenes Costa, pela atriz Tereza Damásio, com direção e fotogramas de Eliane Sabóia. Na seqüência, a declamação do poema “Produção ou Frustração”, da poeta e atriz Patrícia Galdino. No final do primeiro ato, a declamação do poema “Jequitibá Rei” feita pelo premiado ator José Delmo. Todos com uma participação brilhante e elogiada por Márcio Meirelles, secretário de Cultura do Estado da Bahia.
No segundo ato da noite, o público pôde conferir uma verdadeira celebração musical, com a apresentação do grande músico ilheense, o cantor e compositor Délio Santiago, que interpretou as músicas “E daí”, de Milton Nascimento, e “Itamarandiba”, inspirada no poema de Carlos Drumond de Andrade. A cantora Selma Aguiar, acompanhada pelo pianista argentino Pablo Fornasari, foi um dos pontos altos da festa, dando vida às músicas "Besame", de Flávio Venturini e Murilo Antunes, e "Balada para un loco", de Astor Piazzola, interpretações que levaram o público ao delírio.
Exposição, MPB e Bossa Nova – Um dos momentos mais aguardados da reabertura do TMI foi a apresentação do espetáculo “Engenho”, com o Balé Teatro Castro Alves (BTCA), a principal companhia de dança do Norte e Nordeste e uma das cinco principais do país. Sob a direção artística do bailarino e diretor Paullo Fonseca e coreografia do alemão Felix Ruckert, “Engenho” fez do amargo da escravidão à doçura do açúcar uma “experiência estética fantástica e sensualmente adorável”. Logo após o espetáculo, os convidados puderam participar, na Galeria do Teatro, do coquetel de abertura da exposição inédita do artista plástico Guilherme Albagli de Almeida, intitulada “O Felino Voador”. Encerrando a noite, foi realizado um grande show com a cantora Márcia Alencar, que apresentou, na praça do teatro, o melhor da MPB e da Bossa Nova. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Ilhéus).