Mesmo com o aumento significativo de banhistas nas praias locais, deflagrado pela temporada de verão e pela visita de milhares de turistas ao município, não houve nenhum óbito este ano em Ilhéus por afogamento. Para isso, afirma o chefe de Salva-Vidas da Prefeitura de Ilhéus, Almerindo Martins, foi fundamental a contratação de 67 novos salva-vidas que se somaram aos 37 pertencentes ao quadro efetivo. A seleção pública simplificada, cujos contratos vigorarão até o próximo mês de março, foi realizada no final do ano passado.
Martins lembra que uma morte foi verificada no dia 1º de janeiro, por volta das 7 horas da manhã, quando um rapaz de 17 anos, oriundo da cidade de Ibicaraí, pulou da ponte do Cururupe. “Na queda, provavelmente, ele bateu a cabeça na areia. Ou seja, um óbito causado, pelo menos inicialmente, por um acidente e não por um afogamento”, relata o chefe dos Salva-Vidas.
Almerindo enfatiza que, sem a contratação emergencial, a Prefeitura não teria condições de cobrir um trecho de, aproximadamente, 82 quilômetros de litoral, que vai de Mamoan até Águas de Olivença. “Sem a seleção pública, não teríamos a presença de salva-vidas em diversos pontos, como, por exemplo, Marisol, Águas de Olivença, Barramares, Maramata e praia da Concha”, diz, acrescentando que, ao todo, já foram realizados 58 salvamentos este ano.
Prevenção – Além do aumento de salva-vidas nas praias, um amplo trabalho de prevenção vem sendo executado pela Prefeitura. “Estamos atuando bastante na água. Dessa forma, conseguimos ficar perto dos banhistas para passar, inclusive, importantes instruções de segurança”, informa Almerindo Martins. Segundo ele, os banhistas devem manter sempre a água na altura da cintura e evitar locais onde existem buracos. Ainda com relação ao trabalho preventivo, o chefe dos Salva-Vidas de Ilhéus afirma que os pontos de maior perigo encontram-se sinalizados por bandeiras vermelhas.
De acordo com os especialistas, quatro fatores contribuem para a ocorrência de afogamentos: correntes de retorno, que são formadas pela volta da massa de água empilhada pelas ondas contra a praia, transportando sedimentos, e, eventualmente, banhistas, para longe da praia, normalmente em direção ao mar aberto; depressões no fundo das praias, verdadeiros buracos produzidos pela ação das ondas; impacto das ondas (o famoso “caldo” que o banhista toma de uma onde forte que o arremessa para baixo e o faz beber água); e, por último, ingestão de bebida alcoólica, uma vez que, alcoolizado, o banhista enfrenta dificuldades até mesmo nas partes mais rasas.
Algumas dicas de segurança – Ainda segundo especialistas, os banhistas devem adotar as seguintes medidas de segurança: crianças não devem ficar sozinhas no mar sem a supervisão de um adulto; não é seguro entrar no mar após a ingestão de bebidas alcoólicas; é importante tomar banho de mar onde existam postos de salvamento; as pessoas devem nadar sempre em paralelo à praia; ninguém deve tentar salvar pessoas que estão se afogando. O ideal é procurar imediatamente um salva-vidas. Segundo as estatísticas, em boa arte dos casos, a pessoa não habilitada também morre afogada; deve-se evitar tomar banho em locais com valas ou buracos; é importante evitar entrar no mar de forma brusca logo após uma longa exposição ao sol. O risco de choque térmico e desmaio são grandes; por último, é fundamental manter-se afastado das pedras e costeiras, elementos que podem ocasionar quedas e escorregões. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Ilhéus).