As pessoas que trabalham e vivem no lixão de Itabuna terão apoio da administração pública. Os secretários municipais de Saúde, Antônio Vieira; Desenvolvimento Urbano, Fernando Vita; Agricultura e Meio Ambiente Antônio Marcelino e Assistência Social, José Rebouças, acompanhados de representantes da Secretaria da Educação, estiveram no local, terça-feira, 2, onde apresentaram as propostas da prefeitura. No local, vivem 150 famílias com várias crianças, tirando uma média de 700 reais por mês, segundo eles, e morando em condições sub-humanas. Segundo o secretário da Saúde, a situação é complexa e por isso tem que ser solucionada em conjunto com outras secretarias.
Vieira adiantou que a Prefeitura colocará à disposição dos catadores de lixo uma equipe no Carrinho da Saúde, com médicos, coleta de exames, oftalmologia e toda estrutura necessária para o atendimento. Os moradores do lixão também receberão da Prefeitura os equipamentos de proteção individual, como luvas de couro, botas, macacões e também a parte educativa para a prevenção na saúde.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano trabalhará na cobertura de toda a parte do lixo, para o material não ficar a céu aberto, aumentando a área de acúmulo do lixo, conforme explicou o secretário Fernando Vita. O secretário de Assistência Social disse que todas as crianças serão atendidas, por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e também, o incentivo para a criação de uma associação. “Com a associação, vamos poder trazer a usina para a reciclagem, o que vai dar uma renda melhor para eles”, ressalta José Rebouças.
Segurança e horta comunitária - Já a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente garantiu a realização de estudos para identificar as demandas dos moradores do lixão, como também interferir para solucionar os problemas de riscos existentes no local. A criação de hortas comunitárias e outros programas foram apontados como viáveis pelo secretário Antonio Marcelino. A construção de uma escola para educar crianças e adultos e outros projetos que serão elaborados para atender aquela comunidade serão as contribuições da Secretaria de Educação. O representante dos trabalhadores, Eneson Moraes Silva, que trabalha há nove anos no lixão, considerou excelente o projeto do prefeito Azevedo, e disse que eles estão apoiando as iniciativas da Prefeitura.
O trabalhador disse que seu grupo quer de Azevedo a melhore as suas condições de vida. “Precisamos de médicos, odontólogos, casas populares e um apoio técnico”, ressalva Eneson. A Prefeitura também deverá apoiar na construção das casas populares, em uma área que foi doada aos trabalhadores no bairro de Nova Ferradas. No lixão são despejados por dia cerca de 130 toneladas de lixo, sendo que as pessoas trabalham catando alumínio, vendido a 2 reais o quilo, papelão (cinco centavos o quilo), plástico (40 centavos o quilo), ferro e garrafas peti (25 centavos o quilo) litro de vidro (50 centavos a unidade) e garrafinhas de leite de côco (cinco centavos a unidade). (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)