Os prefeitos associados da Amirs participaram na última sexta-feira (17) de uma reunião para discutir a crise nacional que chegou aos municípios com a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Enquanto falava com a imprensa o prefeito de Bom Jesus da Serra (Gazo) recebia uma mensagem da (CNM), comunicando a cota do dia vinte (20), cerca de R$ 30.000,00, para quem tem um repasse para a Câmara de Vereadores no valor de R$ 49.000,00 e o restante da folha e fornecedores a pagar, alertou o prefeito. “Nós prefeitos reeleitos estamos sofrendo menos, pois a casa já estava arrumada e os que foram eleitos agora e receberam seus municípios no caos a situação é ainda pior, batendo a porta o desemprego e os serviços acumulados e sem andamento. A cobrança da população é grande, estamos amarrados totalmente”, disse Gazo.
No município de Mirante a situação ainda é mais complicada devido o surto de dengue que chegou e com muito esforço da equipe do governo e a compreensão da população, o município não registrou nem um óbito, bem como não se firmou na situação de risco sobre a dengue. Segundo o prefeito, ”a crise chegou agora, mas já havíamos perdido receitas com o censo em 2007, hoje a receita é de 0.6, começou em janeiro com 408 mil reais de FPM bruto, fevereiro caiu para 380 mil e março com 304 mil, e só resta pedir paciência ao povo e com fé haveremos de sair destes momentos difíceis e vencer esta crise com a união do povo” disse o prefeito Helio Ramos.
Para o prefeito de Ribeirão do Largo, Pacífico Luz, o mundo despencou e atingiu também o município, “mas com habilidade junto ao governo Federal e Estadual, temos de tentar sair desta crise e sem a compreensão do povo não vamos conseguir sanar os entraves da crise e chegar ao fim deste momento tão crucial”, concluiu Pacífico.
Caetanos também esteve representado pelo seu prefeito na reunião da Amirs, Antonio de Silvino, que afirmou: “o meu município vem lutando com transparência e colocando a população e os vereadores informados da real situação do município. Estamos fazendo um malabarismo grande para atender bem e servir a população dos serviços que não podem parar: como educação, saúde, segurança pública e limpeza, que priorizamos para que a sociedade não sofra tanto”, afirmou Antonio de Silvino.
A reunião da Amirs é importante principalmente no momento desta crise, o prefeito de Barra do Choça e presidente da entidade, Oberdan Rocha, disse que a luta pelo municipalismo é forte e solidaria, somente com a força do povo de cada cidade pode estimular o governo a lutar por cada cidadão. Para Oberdan “mesmo o presidente dizendo que ela não chegaria ao Brasil, mas chegou e atingiu o Pais, os Estados e principalmente os Municípios que tanto faz o social e estar perto do cidadão que cobra as obras, os serviços e o emprego, somente com a união dos prefeitos poderemos avança em soluções práticas e rápidas para vencer a crise”, concluiu Oberdan Rocha.
Para o prefeito de Poções, Luciano Mascarenhas que assumiu o município cheio de vícios administrativos e uma população esperando dele a solução de tudo que não se fez durante os últimos anos é mais difícil ainda. Luciano explicou, “sanar as dívidas deixadas, arrumar a casa e realizar os serviços emergentes foram às primeiras medidas tomadas. Neste período veio à crise e a situação ficou pior, mas com sacrifícios, viagens em busca de alternativas junto aos governos e a economia feita, chegamos com honestidade e transparência para realizar e fazer o governo andar”, afirmou Luciano.
Este mês haverá ainda outra reunião deste porte em Vitoria da Conquista e dia 28 de abril os prefeitos se reúnem em Salvador para analisar os rumos da crise e elaborar alternativas para vencê-las, com uma greve que irá fechar as portas de todos os municípios da Bahia, ficando somente os serviços essenciais. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Poções).