CNM alerta gestores municipais para os riscos da dengue

Os Municípios brasileiros precisam ficar atentos ao combate do mosquito da dengue, alerta a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A entidade cita os recentes dados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) 2009, divulgados nesta terça-feira, 24 de novembro pelo Ministério da Saúde. Eles mostram que dez Municípios brasileiros correm risco de enfrentar epidemia de dengue este ano, enquanto 102 estão em situação de alerta.

Dos dez Municípios com risco de surto, quatro estão no Nordeste, são eles: Camaçari, Ilhéus e Itabuna, na Bahia; e Mossoró, no Rio Grande do Norte. O levantamento é referente apenas quanto à presença do vetor da doença, não significando que haja dengue nas localidades visitadas.
O Liraa avaliou 157 Municípios. Para o Ministério da Saúde encontrar o Aedes aegypti - vetor de transmissão da dengue - em até 1% das residências visitadas é considerado suficiente. Além disso, para o Município ser considerado em situação de alerta, precisa haver registros do mosquito numa proporção entre 1% e 3,9%. Já para o risco de surto são enquadrados aqueles em que houver presença do mosquito em mais de 4% das residências ou ambientes visitados.
Sudeste - A Região Sudeste também apresentou quatro Municípios em situação de risco de surto, são eles: Governador Valadares e Ipatinga, em Minas Gerais; e Barretos e Presidente Prudente, em São Paulo. Os Municípios de Palmas (TO) e Cáceres (MT), também estão nessa situação.
Além disso, o levantamento mostra criadouros comuns em cada região - águas, lixo e residência. A maioria das larvas encontradas nas regiões Norte e Nordeste estão associadas aos ambientes de abastecimento de água - caixas d'água, tambores, tonéis, poços. No Sudeste a predominância é nos depósitos domiciliares - vasos, pratos, ralos, lajes e piscinas. Na região Centro-oeste foi encontrado a maior parte de criadouros no lixo – resíduos sólidos.
CNM - A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta que a melhor forma de combater a doença é a prevenção. A entidade ressalta ainda, que os gestores municipais devem mobilizar a comunidade para que participem das atividades de combate aos focos de possível proliferação do mosquito transmissor, por exemplo, locais com água parada.
A CNM acrescenta que é todos devem ajudar na eliminação dos focos do mosquito. Algumas recomendações da CNM que devem ser observadas pelos gestores municipais, são:
• manter caixas, tonéis e barris de água bem fechados;
• não jogar lixo em terrenos baldios;
• armazenar garrafas de vidro ou plástico com a boca para baixo;
• não deixar a água da chuva acumulada sobre lajes e calhas;
• colocar areia até a borda nos vasos de planta;
• manter pneus em locais cobertos e
• caso apresente os sintomas da doença, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima de sua residência. (Fonte: CNM com informações da Agência Brasil)