A Secretaria de Agricultura de São Desidério em parceria com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA promoveu de 25 a 28 deste mês na Fazenda Terra Nova, a cerca de 30 km da sede, o primeiro curso de capacitação de inseminação artificial em bovinos. O objetivo é preparar técnicos da secretaria e produtores de leite de São Desidério, Catolândia e Riachão das Neves.
“Com a implantação do Programa Proleite, a região de Samambaia na divisa com Catolândia, pretende ser sede de um projeto piloto desse programa. Geralmente as vacas leiteiras dessa região produzem de quatro a seis litros de leite e por isso pretendemos fazer um melhoramento genético”, afirmou o secretário de Agricultura, Genivaldo de Assis.
Um kit de inseminação foi adquirido pela secretaria e em setembro será inaugurado um núcleo de inseminação artificial em São Desidério. “Durante a Festa da Paz faremos uma demonstração da inseminação artificial para um número maior de criadores para que eles se interessem e possam usar a técnica em suas propriedades”, ressaltou Assis.
São Desidério já dispõe de um resfriador com capacidade para armazenar três mil litros de leite. De acordo com o sub-gerente regional da EBDA, Maurício Lélis, a intenção é implantar uma grande bacia leiteira na região oeste. “Esse esforço teve início o ano passado em Wanderley, onde foi implantado o primeiro núcleo de inseminação artificial do oeste. Agora queremos expandir essa experiência para São Desidério e Catolândia, onde temos alguns interessados”.
Durante o curso os participantes tiveram noções teóricas de inseminação artificial, preparação de sêmen e treinamento em peças do aparelho reprodutivo e em vacas.
Inseminação artificial - “Há quatro anos utilizo esse método em minha fazenda e tem dado certo. Espero que por meio desse curso outras pessoas possam aderir à técnica”, assegurou o proprietário da Fazenda Terra Nova, Paulo Henrique.
Considerado o melhor e mais barato instrumento de melhoramento genético do rebanho, a inseminação artificial é a técnica de deposição mecânica do sêmen no aparelho genital da fêmea, evitando o contato físico e a propagação de doenças. “É um processo simples, disponível no Brasil há mais de 20 anos e de considerável melhoria em termos quantitativo e qualitativo”, certificou o veterinário Ivan Carlos Viana.
O número de espermatozóides liberado por um touro chega a aproximadamente cinco bilhões e é muito superior às necessidades da fecundação. Com a inseminação artificial, uma dose de sêmen congelado contém aproximadamente 20 milhões e pode fecundar centenas de fêmeas. “Já perdi muitas oportunidades por não utilizar a inseminação artificial em meu rebanho. Agora após o curso pretendo aderir ao método”, declarou o vaqueiro Hélio Gonçalves da Silva.(Fonte: Ascom da Prefeitura de São Desidério)