Prefeitura decreta Situação de Emergência em Lauro de Freitas

Depois de percorrer a cidade e avaliar com os técnicos da Coordenação de Defesa Civil os estragos causados pelas últimas chuvas, a prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas, decretou Situação de Emergência no município. O decreto foi encaminhado nesta terça-feira (dia 5) à tarde à Coordenação Estadual da Defesa Civil, acompanhado de um minucioso relatório e fotografias das áreas atingidas.

A chuva que cai desde ontem (segunda-feira) causou alagamentos em toda a cidade, desabamentos, deslizamento de terra, queda de árvores e transbordamento dos rios. As comportas abertas da Barragem do Joanes, no Jambeiro, e a maré alta elevaram o nível dos rios dificultando o escoamento das águas pluviais. O município é cortado por cinco rios e mais de 60 córregos, e tem lençol freático muito superficial, fatores que contribuem para os alagamentos.

“Na semana passada a cidade já havia sido bastante castigada pela chuva e a administração municipal vinha avaliando de forma concreta a decretação da situação de emergência. Hoje foram mais de 12h de chuva ininterrupta, ampliando os riscos e danos. O quadro é grave”, avalia o coordenador da Defesa Civil do município e secretário de Governo Ápio Vinagre, adiantando que o índice pluviométrico em 24 horas passou dos 70ml.

As áreas mais atingidas foram a Lagoa da Base, rua São Jorge e Mário Epinghaus, na região central; Boca da Mata e Sempre Verde, em Portão; Caji do Tubo, no Caji; Loteamento Santa Bárbara e Jardim Jaraguá, em Itinga: e Miragem, em Buraquinho. Nessas localidades, a água invadiu casas e desabrigou famílias, que perderam móveis, colchões e roupas. O número de desabrigado ainda não foi contabilizado.

A prefeita Moema Gramacho fez um apelo à população para que procure a Defesa Civil, que está de plantão 24h, e a Secretaria de Assistência Social e Cidadania aos primeiros sinais de risco. Moema lamentou os transtornos causados pelo enorme volume de água e esclareceu que os alagamentos estão ocorrendo, não por falta de desobstrução de bocas de lobo ou de limpeza dos córregos. “Com tantos anos sem planejamento e com o crescimento urbano acelerado, o problema não se resolve numa obra simples ou por um decreto”, ressalta.


Ela acrescenta que o município de 59 Km2 e 145 mil habitantes, tem centenas de construções irregulares e um problema histórico de enchentes. Ações emergenciais estão sendo adotadas. Segundo a prefeita, todas as pessoas atingidas são retiradas dos locais alagados e levadas para abrigos. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Lauro de Freitas)