Difundir ações preventivas de combate à dengue e mobilizar a comunidade numa luta permanente contra a doença, através da difusão do uso de armadilhas com material reciclado é o objetivo de um projeto que vem sendo discutido conjuntamente entre a Divisão de Vigilância à Saúde, Coordenação Municipal de Endemias e o Conselho de Itabunense de Ministros e Pastores (Cimp). A proposta é a de elaboração de um projeto que será lançado em bairros de elevada infestação predial como São Caetano, Novo Horizonte, Sinval Palmeira e Pedro Jerônimo.
A proposta foi discutida ontem, 23, em reunião realizada no Centro de Saúde José Maria de Magalhães, coordenada pelo diretor do Departamento de Vigilância à Saúde, Florentino Souza Filho e que contou com as participações das enfermeiras Ângela Barros e Moema Farias de Oliveira, da Vigilância Epidemiológica, além do coordenador de Endemias, Sandovaldo Carvalho Menezes; do presidente do Cimp, pastor Rosivaldo Nonato Campos e do ministro Glauber Santos Vasconcelos. O primeiro passo será a elaboração de um projeto que envolva áreas de elevado índice de infestação, através da sensibilização de alunos das escolas da rede municipal de ensino e moradores das áreas selecionadas.
No processo, segundo Florentino Souza Filho, as igrejas evangélicas vão funcionar como unidades de apoio para recebimento de garrafas pet de cor escura, que serão transformadas em armadilhas para captura de ovos do mosquito da dengue, impedindo que os mosquitos voltem a infestar o meio ambiente. Em cada armadilha, também conhecida como mosquitérica, são utilizadas uma tela de microtule, uma fita isolante, além de uma isca de grão de arroz, de alpiste ou de ração para gato, que servem para atrair os mosquitos adultos para a desova.
Ele destaca que esse passo não combate a epidemia atual, mas vai servir para evitar problemas futuros, reduzindo os índices de infestação predial: “O trabalho tem ainda um caráter educativo, pois envolve alunos da rede municipal em palestras educativas sobre a dengue e difusão de técnicas para confecção de armadilhas, que são de baixo custo e eficientes”. O esforço será complementado com a mobilização dos fiéis das igrejas, numa ação que envolve pais e filhos.
Para Sandovaldo Carvalho o importante do projeto é que ele deverá ser desenvolvido em áreas de maior infestação do mosquito e onde há justamente maior risco da ocorrência de novos casos da doença. Ele destaca que hoje, o trabalho vem sendo concentrado nos combates aos focos, inclusive com o uso de até de inseticida, mas os resultados só serão alcançados em 2010. O uso de armadilhas poderá, também servir para dimensionar a infestação do mosquito por bairro e até por quadra.
A enfermeira Moema Farias de Oliveira considera que a dengue continua sendo o mais grave problema de saúde enfrentado pela população itabunense e que a proposta do uso do sistema de armadilhas será viabilizada a partir de um projeto piloto específico, o qual servirá de parâmetro para outros bairros. O grande problema é que a estratégia futura não será de erradicação do mosquito da dengue, mas de conviver com ele de forma controlada e com menores riscos para a comunidade.
Rosivaldo Campos informou que a Cimp já vem atuando no combate à dengue, não só participando de mutirões, como também atuando em campanhas comunitárias, inclusive de doação de sangue: “Nesse projeto, vamos disponibilizar as igrejas para a coleta e também para a mobilização dos fiéis”. O pastor Glauber Vasconcelos destacou ainda a participação da Igreja Evangélica Só Jesus Salva em projetos de saúde e também de inclusão social.(Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)