Seminário alerta para o abate clandestino de gado em Itororó

A prefeitura de Itororó, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, realizou o seminário “Organização da cadeia produtiva bovina”. O evento discutiu os riscos do abate clandestino para a saúde da população, além dos prejuízos financeiros que a prática acarreta ao município e empresários locais. O seminário reuniu cerca de 300 participantes no anfiteatro Sinval Palmeira, na Fundação Cultural Cabana da Ponte, e se estendeu por todo o dia na terça-feira (10).

As palestras foram ministradas pelo coordenador regional da Adab, Rosalvo de Almeida Matos Filho, pelo empresário José Marcos, proprietário do Frigosol e Leonardo França e Moisés Araújo (ambos da Adab), além do secretario municipal de Desenvolvimento Econômico, Valdívio Morais. Participaram da programação, como ouvintes, os alunos do curso de Agroindústria do Centro Territorial de Educação Profissional e representantes da comunidade local.
O coordenador da Adab, Rosalvo de Almeida, destacou a necessidade de se produzir carne dentro dos padrões de higiene exigidos pelo Ministério da Saúde para amenizar os riscos de doenças transmitidas pela carne bovina aos seres humanos. “Temos que produzir uma carne de qualidade, mas para isso temos que nos qualificar a cada dia. Daí a importância de seminários como esse”.
Na sua palestra, o empresário José Marcos falou da necessidade de um frigorífico que possa atender bem aos abatedores, para incentivar o abate legal entre todos os segmentos. “A proposta do Frigosol é atender também aos pequenos abatedores. Vamos ter desde quem mata uma rês até aquele que mata 50. Isso vai garantir aos pequenos produtores sua permanência no mercado”, explicou o empresário.
Segundo o açougueiro Agnaldo dos Santos, a prefeitura está de parabéns por esta iniciativa. “O povo de Itororó merece atenção, pois nossa carne já é famosa. Só nos faltava quem visse o lado do consumidor e dos pequenos comerciantes”. A mesma opinião tem o zootecnista Matheus Ferraz: “A carne do sol já faz parte da nossa economia local. Esse seminário é um incentivo a mais, para que a nossa produção para o consumo interno também seja acompanhada das medidas sanitárias necessárias à boa qualidade do produto”.
Já a estudante de engenharia de alimentos Milena Santana defende a criação de um selo de qualidade e de origem para a carne do sol de Itororó. “A nossa carne do sol já é famosa pelo Brasil afora, porém não segue os padrões de higiene e qualidade exigidos para o consumo e comercialização nacional”. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itororó).