Informar continua sendo o melhor caminho para combater a Dengue

Nas últimas semanas, o governo ilheense vem intensificando a execução de uma série de medidas com a finalidade de combater, de forma concreta, o perigo da dengue. Entre as ações, a exemplo do que ocorre em várias partes do país, está o trabalho de conscientização. A secretaria municipal de Saúde entende que o melhor caminho para afastar, de uma vez por todas, a infestação pelo mosquito transmissor, o Aedes aegypti, é fortalecer medidas capazes de prevenir a possibilidade da doença.


Palestras, visitas domiciliares e distribuição de materiais informativos, entre outros instrumentos, seguem sendo utilizadas para levar importantes esclarecimentos à comunidade. A dengue é uma doença febril aguda, causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e que tem como principal vetor o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A dengue clássica apresenta-se, geralmente, com febre e dor de cabeça, no corpo e nas articulações. Já a dengue hemorrágica, que a exemplo da clássica também afeta crianças e adultos, é a forma mais severa da doença, podendo causar sangramentos e levar o paciente a óbito.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Já o ciclo de transmissão ocorre da seguinte forma: num primeiro momento, a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Depois deste período, transformam-se em mosquitos adultos, que vivem em média 45 dias. A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16º C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30 a 32º.

O Mosquito Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta, e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. Todavia, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem ocorram durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois, num primeiro momento, ela não dói e nem coça. Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. Segundo os especialistas, o tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias. O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem.

Tratamento - A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, serve apenas para aliviar os sintomas, fazer a reposição dos líquidos perdidos e manter a atividade sangüínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre. Não há tratamento específico para o paciente com a dengue clássica, devendo o médico tratar apenas os sintomas, como a febre, as dores de cabeça e no corpo, além daqueles devidos à desidratação (perda de líquidos do organismo devido a febre, diarréia ou vômito).

Prevenção - O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias, como ensolaradas. Portanto, a comunidade deve tomar cuidado com caixas d’água, barris, tambores, vidros, potes, pratos, vasos de plantas ou flores, tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, calhas de telhados, bacias, canaletas e drenos de escoamentos, entre outros. A prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a população a partir da adoção de medidas simples, mas importantes, visando à interrupção do ciclo de transmissão e contaminação.

Algumas medidas - As principais medidas para eliminar os locais de reprodução do mosquito são, entre outras, cobrir depósitos de água, uma vez que uma boa vedação de tampas em recipientes como poços, tanques e caixas d'água impedem que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais, alertam as autoridades, se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos. É importante também remover o lixo, uma vez que detritos em volta das casas podem servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Finalmente, não basta trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. Agentes de saúde enfatizam que é preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, uma vez que, nesses locais, os ovos eclodem e se transformam em larvas. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Ilhéus).