INSA contribui com as posições do Brasil no combate à desertificação

Representantes de dez ministérios do Governo Federal se encontrarão no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), no próximo dia 31 de agosto, para finalizar o documento que contém as posições do Brasil referentes ao combate à desertificação, a ser apresentado na Nona Conferência das Partes (COP-9) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em Inglês), em Buenos Aires, de 21 de setembro a 02 de outubro de 2009.

As diretrizes sobre o segmento científico da Conferência foram definidas numa reunião sediada pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCT), em Campina Grande (PB), no início do mês, de onde participaram representantes das diversas instituições do país, preocupadas com o assunto.

De acordo com a UNCCD, a desertificação é a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, dentre eles as variações climáticas e as atividades humanas. No Brasil, o fenômeno é verificado principalmente na região Nordeste, onde a população é estimada em 32 milhões de pessoas.

Para ajudar a combater o problema, foi instituído o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil), sob coordenação da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), envolvendo poderes públicos e a sociedade civil, para definir diretrizes e ações de prevenção da desertificação no país. Em julho de 2008 também foi instaurada a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), da qual o diretor do Instituto Nacional do Semiárido, Roberto Germano Costa, é integrante, representando o Ministério da Ciência e Tecnologia. A função é subsidiar estratégias de combate ao problema.

Para Germano Costa, a criação desta Comissão, aliada a outras ações do Governo Federal neste sentido, têm contribuido para fortes avanços contra o alastramento do fenômeno.

“Esta Conferência [a ser realizada na Argentina] demonstra a importância que, não apenas o Brasil, mas todos os países do mundo têm dado ao assunto. São exemplos de ações extremamente relevantes, uma vez que a desertificação pode gerar desequilíbrio entre as diversas regiões mundiais, culminando em desigualdades. Preservar os nossos recursos naturais, nesse momento de mudanças climáticas e de aquecimento global, é dever de todas as instituições” – assinala Germano.

No evento do dia 31, também serão indicados os representantes que irão integrar a Delegação do Brasil à COP-9. O relatório pode ser acessado por meio do link http://tinyurl.com/muejyt