Um importante aliado na luta contra a dengue em Itabuna vem conquistando o interesse e a participação da comunidade. É o Projeto Mosquitérica, criado pela Diretoria de Vigilância a Saúde visando a distribuição de armadilhas para captura do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença. Segundo explica o diretor do órgão Florentino Souza Filho, as armadilhas são feitas com aproveitamento de material inteiramente reciclável e estão sendo confeccionadas por alunos da rede municipal e estadual de ensino, com a participação das igrejas evangélicas de Itabuna e de outros segmentos da sociedade civil organizada.
O projeto aproveita garrafas Peti e é realizado com base no trabalho de pesquisa do professor Mauro Ari Cabral, da Universidade do Rio de Janeiro, que desenvolveu um equipamento simples, de baixo custo e fácil manuseio, com o objetivo de aprisionar as larvas do mosquito da dengue, onde ovos serão depositados pelas fêmeas, que procuram áreas com água limpa. A armadilha oferece uma fonte de alimentos ao inseto, servindo como iscas para os mosquitos.
Florentino Filho explica ainda que a preocupação da Secretaria de Saúde do município é incorporar agora, no terceiro ciclo de combate à dengue, mais uma ferramenta para prevenir e tentar combater os focos, uma vez que as armadilhas servem para verificar o nível de infestação do inseto e ao mesmo tempo evitando a sua proliferação.
As oficinas para montagem das armadilhas já foram iniciadas nas escolas, como explica a enfermeira Aurelinda Vilas Boas, do Departamento de Vigilância. Ela ressalta que neste primeiro momento, as escolas envolvidas são as do bairro São Caetano, que apresentava um elevado índice de infestação predial e onde ocorreu um grande número de casos da doença durante o surto epidêmico.
A enfermeira conta que o trabalho foi iniciado com alunos da quarta série da escola Everaldo Cardoso, em conjunto com os professores e também a escola Felix Mendonça, que é da rede estadual. Foram confeccionados até agora cerca de 500 armadilhas, mas a meta é chegar a 15 mil unidades, que serão colocadas nas residências a partir da próxima semana, pelos agentes de combate a dengue.
Aurelinda Vilas Boas explica que com a confecção das armadilhas e sua distribuição domiciliar será iniciado o monitoramento nas residências. O projeto já envolveu a realização de oficinas com educadores itabunenses e com representantes das igrejas evangélicas, que vão oferecer suporte ao projeto através da implantação de bases de coleta nos bairros onde atuam, como também no apoio à produção das armadilhas. Mais informações sobre o projeto, através do telefone 3613-1042. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna).