Durante os dias 13 e 17 de abril, estudantes da Escola Família Agrícola, agricultores e secretários de agricultura de Caculé e região tiveram a oportunidade de aprender, na teoria e na prática, a metodologia para construção de barragens subterrâneas. O projeto é iniciativa do Governo Municipal adotado com o objetivo de criar condições alternativas para a convivência com a seca.
O curso teórico foi ministrado na Escola Família Agrícola – EFA no dia 13 de abril. Após o curso, cinco barragens subterrâneas foram construídas na zona rural (nas Fazendas Pau-Ferro, Cipó, Araçá e duas na Fazenda Grama). A prática é essencial para um aprendizado efetivo, que garantisse que os participantes se tornassem multiplicadores dos ensinamentos adquiridos para assim, capacitarem os outros agricultores do município. Agora, Caculé possui seis barragens subterrâneas, contando com a barragem construída em junho de 2008 na EFA.
O Governo Municipal acredita nos resultados satisfatórios dessa iniciativa que capta a água da chuva, mantendo a terra úmida durante todo o ano e assim, propicia cultivos contínuos. Para o assessor da Secretaria de Agricultura, Rennê Frota, há pretensões de se construir mais barragens subterrâneas na zona rural do município, como está previsto no plano de Governo. “Essas barragens beneficiam os agricultores, pois possibilitam que eles continuem o seu plantio na área em que foi construída a barragem subterrânea, mesmo no período da seca”, enfatizou Rennê.
O curso foi prestigiado por representantes de vários municípios vizinhos: Sônia Almeida Oliveira (Abaíra), Ângelo e Dalvo Silva do Santos (Caturama), Manoel Trindade da Silva (Rio do Pires), Irineu dos Santos Barbosa (Caculé), Julizarte Ribeiro (Licínio de Almeida), entre outros. O instrutor envolveu todo o público com a intenção de formar multiplicadores do Projeto, uma solução de baixo custo que aumenta a produtividade no campo. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Caculé)
Saiba Mais - A barragem subterrânea é uma tecnologia alternativa de captação e armazenamento da água de chuva no interior do solo. Ela é instalada em locais situados em ponto estratégico do terreno, onde escorre o maior volume de água no momento da chuva.
Sua construção é feita escavando-se uma vala perpendicular ao sentido da descida das águas até a profundidade onde se encontra a camada mais endurecida do solo. Dentro da vala, estende-se um plástico com espessura de 200 micra por toda a extensão da parede, que, em geral, varia de 80 a 100 metros de comprimento. Após o plástico estendido, a vala volta a ser fechada com a terra. Nesta “parede, deve ser feito um sangradouro com 50-70 centímetros de altura. O plástico impermeável barra o escorrimento da água da chuva, provoca a sua infiltração nos solo, o que reduz a evaporação. Desta forma, cria-se uma vazante artificial onde a umidade do solo se prolonga por longo tempo, chegando até quase o final do período seco no semi-árido.
Assim, permite ao produtor cultivar com sucesso os plantios tradicionais de grãos (milho e feijão), mas, também, produzir frutas como manga, goiaba, acerola, limão etc em plena área de caatinga e sem irrigação convencional. Também é possível nesses locais a construção de poços Amazonas, que servirão para o abastecimento humano, animal e pequenas irrigações. (Fonte: Ascom da Predeitura de Caculé).