Desenbahia cria linhas de crédito para economia solidária

A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) acaba de anunciar a criação de três novas linhas de crédito destinadas ao fortalecimento da economia solidária. O objetivo é estimular a geração de emprego e renda através do financiamento de empreendimentos populares alternativos, empresas autogestionárias, cooperativas, associações e projetos coletivos de trabalhadores.


Segundo o presidente da Desenbahia, Luiz Alberto Petitinga, as novas linhas de crédito visam ao atendimento de cooperativas, associações e seus respectivos associados com a oferta de crédito para investimento fixo e capital de giro em condições facilitadas – prazo de até 48 meses, juros de 5% a 7% ao ano –, bem como para aquisição de cotas-partes pelos cooperados. A idéia é fortalecer o cooperativismo de forma geral, como também novas formas de organização da produção.


As novas linhas de crédito foram aprovadas na última reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (Fundese), realizada no dia 4 de março. Segundo o secretário Nilton Vasconcelos, relator da proposta, a medida insere-se na Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, coordenada pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e que “tem a atribuição de elaborar e executar programas e projetos que promovam o desenvolvimento de empreendimentos solidários, inclusive por meio da implantação dos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol)”.


Contas do Fundese - A mesma reunião do Conselho Deliberativo aprovou também a prestação de contas do Fundese. O presidente da Desenbahia informou que o fundo terminou o exercício de 2008 com um patrimônio líquido no montante de R$ 301 milhões, um incremento de 35% em relação ao valor de 2007, que foi de R$ 223 milhões. “Para evidenciar a recuperação do patrimônio líquido do Fundese, observa-se que esse valor de 2008, se comparado com o valor encontrado no início da gestão (R$ 178 milhões), representa um incremento de quase 70%”.

Comparada com 2007, a carteira permaneceu estável no valor de R$ 142 milhões. Embora tenha havido novas operações, não se registrou crescimento diante das medidas adotadas para sanear a carteira. “Entretanto, com base no valor das aprovações de janeiro último, em decorrência da criação de novas linhas de crédito, já se pode prever que a carteira Fundese apresenta grande potencial de crescimento em 2009”, ressaltou Petitinga.

A Prestação de Contas do Fundese registrou que as receitas tiveram um acréscimo de 54%, quando se compara o valor de 2008 (R$ 34,1 milhões) com o valor de 2007 (R$ 22,1 milhões). Este incremento é explicado pelo aumento das receitas de aplicações financeiras e de recuperação de crédito. Já as despesas tiveram uma redução de 12,2% em relação ao ano anterior. (Fonte: Ascom do Desenbahia).