Prefeitos baianos estão em Brasília discutindo crise municipal

Quedas no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e análise da estimativa para os próximos meses, impacto do piso salarial do magistério e do salário mínimo nas finanças municipais, pré-Marcha dos Prefeitos nos estados são alguns temas que estão sendo debatidos nesta quarta-feira, dia 03 entre os presidentes de associações estaduais e microrregionais em Brasília. O presidente da UPB, prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia foi para o encontro a convite do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Nesta reunião de trabalho, Maia foi acompanhado dos prefeitos de Ourolândia (Antonio Araújo), Muniz Ferreira (Antonio Rodrigues), Belo Campo (César Silva), Barra do Rocha (Jônatas Santos), Santana (Mauro Aurélio), Itambé (Moacir Andrade), Uruçuca (Moacyr Leite Jr), Santo Estêvão (Rogério Costa) e Conceição do Jacuípe (Tânia Yoshida).

A queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a principal fonte de receita de 90% dos municípios baianos, em janeiro de 2010 foi 24,3% menor que em 2009 (caindo de R$79,5 milhões para R$60,2 milhões), agravada pelo novo valor do salário mínimo, R$510. “A situação que já era ruim, agora ficou pior ainda” argumenta o presidente da UPB, Roberto Maia. “O aumento da despesa, com o impacto do salário, é de 21% na folha de pagamento”, explica. A queda nas receitas das prefeitura afeta a economia dos municípios baianos como um todo, onde, segundo ele, são empregados cerca de 480 mil servidores. “As prefeituras são os maiores empregadores das cidades. A situação abala também toda a economia do Estado”, alerta o municipalista.