Consultor internacional avalia programas de meio ambiente

Com o objetivo de conhecer e avaliar os programas ambientais em desenvolvimento pela Prefeitura Municipal de Itabuna, o consultor internacional Antônio José Andrade Rocha, que tem pós-doutorado em recursos hídricos pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, esteve reunido com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Marcelino Oliveira e a diretora de Meio Ambiente, Maria Luzia Mello. Ele elogiou o governo do Capitão Azevedo, que separou a unidade de meio ambiente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, incorporando a diretoria ambiental à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.


O objetivo da visita de Antônio Rocha, que é professor aposentado da Universidade de Brasília e lecionou por vários anos na Universidade da Florida, foi também o de discutir projetos em fase de implementação e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, que define as propostas para a área ambiental: “Uma das diretrizes é com relação aos cuidados para a revitalização do rio Cachoeira, que sofre uma ação muito forte em consequência do impacto da ação do homem”, argumentou.

Ele contou ainda, que nos últimos cinco anos tem acompanhado os trabalhos sobre a bacia do Cachoeira e que resultou na criação do Comitê de Bacias do Leste. Também tem participado da apresentação de dissertações da Universidade Estadual de Santa Cruz e de programas de educação ambiental que vêm sendo implementados em Goiás.

Entre as recomendações apresentadas por Antônio José Andrade Rocha está a necessidade de integração de ações entre a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente com a Uesc, ou seja, utilizando a infraestrutura e o suporte existentes na universidade e que podem servir como base de dados para uma avaliação do rio Cachoeira, que corta dez municípios da região e pode ser recuperado:”Embora esse seja um projeto de custo elevado, existem recursos do governo federal e de agências internacionais para esse fim”.

Defende ainda que as ações sejam complementadas com um trabalho de educação ambiental, com apoio do governo em suas diversas instâncias e da própria iniciativa privada. O setor produtivo poderia ser estimulado com o estabelecimento de políticas públicas e uma agenda de ações, além da oferta de incentivos fiscais ou mesmo do sistema de ICMS ecológico, que premia a quem investe em ações ambientais.

Para o consultor, o primeiro passo para a recuperação do Cachoeira estaria na aplicação de recursos para a destinação dos esgotos residenciais e industriais ou de fontes difusas, que são os esgotos clandestinos; “A recuperação das nascentes é, sem dúvida, um outro aspecto a ser considerado no projeto até mesmo para garantir o ciclo hidrográfico”.

Observa que conceitualmente, a revitalização do rio Cachoeira significa a redução do impacto da ação do homem, em função não apenas da eliminação dos lançamentos de esgotos, como também da deposição de lixo nas margens dos rios e tudo o mais. Ele anuncia que além da elaboração de um plano de ação para Itabuna, o trabalho também deverá sinalizar alternativas e canais para a obtenção dos recursos, o que o deixa otimista com relação ás perspectivas para o Cachoeira. Outra opção é também a formação de um consórcio intermunicipal e que teria como articuladora a Amurc. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna).