Fórum debate acessibilidade

Camaçari deu um grande salto na execução de políticas para pessoas com deficiência, nos últimos quatro anos e meio. Investimentos que garantem acessibilidade nos setores da educação, assistência social, esporte e saúde, com melhorias para centenas de pessoas. São estruturas como a Escola Especial do Centro de Atendimento Integrado à Criança (Caic), Centro de Apoio e Educação Inclusiva (CEI), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), dos deficientes visuais de Camaçari e Pestalozzi, mais o Centro de Unidades de Apoio e Referência em Saúde (Cuidar), que em seis meses já atendeu mais de seis mil pessoas.

Isso tudo sem falar na construção da Cidade do Saber Professor Raymundo Pinheiro, considerada um dos maiores complexos de inclusão social. A instalação de rampas de acesso, piso táctil, elevadores e corrimão nas escolas, praças e equipamentos públicos da cidade também mudaram a vida dos moradores. Além disso, os portadores de necessidades especiais e famílias contam com diversos programas, a exemplo do Benefício de Prestação Continuada na Escola (BPC), que garante a permanência do estudante nas unidades de ensino, SOS Cidadão e Passe Livre Municipal, com 1.900 benefícios.
“Camaçari está em um bom patamar de acessibilidade à pessoa com deficiência, se comparada a diversas cidades brasileiras. Acredito que o trabalho desenvolvido pela atual gestão está ampliando as políticas para o setor”, opina o coordenador executivo dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado, Alexandre Carvalho Baroni.
O representante baiano proferiu a palestra no 3º Fórum Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada hoje (16/09), na Casa do Trabalho. Após o evento, Alexandre Carvalho, que é tetraplégico, visitou alguns locais da cidade para conferir as condições de acessibilidade. É a segunda vez que ele vem ao Município.
O coordenador afirma que a criação da Coordenação Executiva na Bahia representa um grande passo no fortalecimento de políticas para o setor. “Só se consegue efetivar ações para pessoa com deficiência se esse público estiver à frente do processo”, opina. Segundo o cadeirante Rosemauro Santos Rocha, 17 anos, as dificuldades são maiores com o sistema de transporte. Ainda assim, o estudante reconhece as melhorias e faz investimentos futuros. “Agora ficou mais fácil até para eu me capacitar. Em poucos dias começo um curso de formação profissional”.
O morador do bairro Jardim Limoeiro avalia que o Fórum traz resultados positivos porque “a sociedade passa a ouvir quem tem o problema e identificar o que pode ou não ser projetado como investimento”. De acordo com o prefeito Luiz Caetano, atualmente Camaçari dá um tratamento humanizado às pessoas com deficiência. “A Prefeitura, por exemplo, já tem rampas de acesso e elevadores para que a população procure o prefeito e faça suas reivindicações e sugestões. Além disso, a cidade conta com várias ferramentas de apoio ao portador de necessidades especiais”.
O chefe do Executivo lembrou da renovação do convênio com a Associação Pestalozzi e APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e cobrou urgência na implantação do Conselho Municipal dos Portadores de Deficiência. O órgão ficará responsável pela fiscalização e deliberação das políticas voltadas ao segmento. O Fórum é uma realização das secretarias municipais do Desenvolvimento Social (Sedes), Saúde (Sesau) e Educação (Seduc). (Fonte: Ascom da Prefeitura de Camaçari)