Ilhéus incluída na lista dos municípios prioritários no combate a hanseníase

Ao participar do III Seminário Integrado de Vigilância à Saúde promovido pelo Departamento de Vigilância da secretaria municipal de Saúde, o médico-sanitarista da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Humberto Barreto, disse que Ilhéus juntou-se aos mais de 200 municípios brasileiros considerados prioritários para a hanseníase, conforme portaria ministerial, enquadrando-se como portador de população acima de 20 mil habitantes e que detém taxa de prevalência superior a 4 por 10 mil habitantes e taxa de detecção superior a 2 por 10 mil habitantes. “Com isso, Ilhéus deverá contar com a disponibilização de mais recursos financeiros, facilidades operacionais, apoio técnico e capacitação de profissionais”. O evento aconteceu no auditório do Hotel Aldeia da Praia.


Humberto Barreto explicou que essa é mais uma iniciativa do Ministério da Saúde, através da coordenação do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, visando o controle da doença. “Acredita-se que o município tornou-se prioritário devido ao recente incremento em sua taxa de detecção, aumentando em muito a descoberta de novos casos da doença, principalmente após a adoção das campanhas de intensificação do diagnóstico, conhecidas como Dia da Mancha, realizadas ano passado nos bairros Salobrinho e Nelson Costa e na localidade rural de Ponta da Tulha.

Tratamento – O médico-sanitarista falou da importância do diagnóstico precoce – o que significa detectar e curar a hanseníase nos estágios iniciais sem qualquer deformidade –, da difusão do conhecimento básico sobre a doença e na descentralização do diagnóstico e do tratamento. Hanseníase é uma doença humana transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e a pele. Qualquer que seja sua forma a cura acontece utilizando-se medicamentos que provocam a morte do bacilo Hansen. Os primeiros sinais são pequenas manchas dormentes de cor esbranquiçada ou avermelhada. Se não for mancha dormente não é mancha de hanseníase A dormência significa a perda da sensibilidade ao calor, dor e tato. Isso é facilmente verificado pelo médico ou outro profissional treinado.

O seminário, dirigido a médicos e enfermeiros da atenção básica e departamento de média complexidade, hospitais e estudantes do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), tem o objetivo de sensibilizar e atualizar técnica de profissionais de saúde, visando implementar ações, segundo os níveis de atenção à saúde, além de buscar a segurança, qualidade e integralidade na assistência à população, conforme informação da enfermeira Cássia Virgínia Brito, coordenadora do Departamento de Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde de Ilhéus.

Durante dois dias o seminário contou como palestrantes médicos e enfermeiros do Rio de Janeiro, da secretaria estadual de Saúde, da 6ª Dires e da secretaria municipal de Saúde, além de professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Uesc. Eles focaram os perfis epidemiológico da sífilis e da mortalidade materno-infantil em Ilhéus, meningites e seus aspectos clínicos e situação epidemiológica na Bahia, hepatites virais como desafio da gestão pública de saúde, alerta epidemiológico e vigilância da gripe (H1 N1), dermatoses de animais transmitidas para humanos, aspectos atuais da tuberculose, violência sexual doméstica e outras violências, análise situacional de vigilância das hepatites em Ilhéus, dentre outros temas. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Ilhéus)