O Governo Federal vai criar o Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco, com o objetivo de proteger a biodiversidade da caatinga localizada no estuário do "Velho Chico", entre os Estados da Bahia, Alagoas e Sergipe. A unidade de conservação contará com 30,5 mil hectares e é uma medida compensatória em razão da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó.
O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) determina que toda obra de grande porte ofereça a implantação de uma unidade de conservação de proteção integral. O monumento do São Francisco, que será o primeiro natural do País, guardará a maior formação de cânions do Nordeste, boa parte deles com mais de 100 metros de altura, e sitios arqueológicos localizados no município de Paulo Afonso (BA).
Além dessa iniciativa de proteção da caatinga, o Instituto Chico Mendes está em fase de finalização do Corredor da Biodiversidade da Caatinga, que terá cerca de três milhões de hectares, entre os Estados do Piauí, Bahia e Pernambuco. O corredor ligará os Parques Nacionais da Serra da Capivara (PI), da Chapada da Diamantina (BA) e do Boqueirão da Onça (BA).
O Monumento Natural do Rio São Francisco abrange os municípios de Piranhas, Olho D'água do Casado e Delmiro Gouveia, em Alagoas; Paulo Afonso, na Bahia; e Canindé de São Francisco, em Sergipe.