Prefeito culpa o Estado pela redução das cotas de exames

Ao considerar que assumiu o governo municipal num verdadeiro caos administrativo, com problemas em todas as áreas e um quadro de 4.950 servidores, que estão sendo recadastrados agora, além dois meses dos salários do pessoal da saúde em atraso e com carência de profissionais nos postos médicos, o prefeito Capitão Azevedo anunciou, através de uma rede de emissoras de rádio, que vem realizando ações para reverter esse quadro. Também destacou que em função das carências de uma cidade com 210 mil habitantes e problemas que se acumulam ao longo do tempo, o governo tem sido solicitado simultaneamente em várias frentes, inclusive para resolver a redução de 50% das cotas de exames liberados para Itabuna pelo Estado.

No caso da epidemia de dengue, com o registro de seis mil casos e nove óbitos, ele lembra que o número de registros vem diminuindo e há 15 dias não ocorre a morte de um paciente de Itabuna. “Isso significa que devemos continuar atentos e necessitando do apoio da população, uma vez que a maior parte dos focos estão no interior das residências, num ambiente privado e de acesso restrito.”

Para o prefeito esse não é um momento de buscar culpados, mas de buscar a união de esforços para que sejam debelados os focos e chegarmos ao efetivo controle da doença. “Vale lembrar que assumimos o governo com os postos de saúde fragilizados, servidores com salários em atraso e com a demissão de 380 trabalhadores, que não poderiam ser substituídos por contratados temporários’.

Isso exigiu por exemplo ações emergenciais junto à Justiça do Trabalho e ao Ministério Público, o que viabilizou a contratação de 51 médicos e mais de 80 técnicos em enfermagem, permitindo a retomada do funcionamento dos postos de saúde.

Filas na saúde - O prefeito também lamentou a humilhação sofrida pelos usuários dos serviços do Sistema Único de Saúde –SUS- para a marcação de exames na Central de Regulação. Para ele, todo o problema é decorrente da perda da gestão plena da saúde pelo município de Itabuna, o que transferiu para o governo do Estado os serviços de alta e média complexidade.

Lembra que em função da mudança no sistema de gestão as cotas oferecidas para Itabuna, que sempre funcionou como um polo regional de saúde, sofreram uma redução drástica. “Eu não quero fazer politicagem e ficar buscando culpados, mas vamos ao governador Jaques Wagner; ao secretário da Saúde, Jorge Solla; ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão e se preciso vamos recorrer ao presidente da República,Luís Inácio Lula da Silva, porque o problema não foi criado pela prefeitura”.

Ainda com relação à saúde, o Capitão Azevedo, lembrou que a descoberta de irregularidades em postos de saúde só foi possível, após a adoção do sistema de folha de ponto criada justamente para identificar a ocorrência de funcionários fantasmas: “Faço questão de afirmar que assumi o governo com o compromisso de colocar a máquina nos trilho e acredito que isso será possível daqui há alguns meses”.

Recadastramento - O prefeito informou que além do recadastramento dos servidores públicos –cerca de mil ainda não regularizaram sua situação-, o governo municipal deverá implantar o sistema de ponto digital, o que vai eliminar possibilidades de fraude. Ele lembrou que os servidores denunciados por irregularidades na assinatura da folha de ponto já foram afastados e estão sendo investigados através da corregedoria do município, para posterior punição dos envolvidos no caso.

Para Azevedo, o apoio da população e do Ministério Público são essenciais para identificar problemas e possíveis irregularidades nos serviços públicos, num governo que colocou a transparência como prioridade. Também falou das dificuldades burocráticas enfrentadas pela administração municipal e citou como exemplo a licitação da avenida Pedro Jorge, que obedece a prazos específicos atrasando o seu andamento.

A prefeitura vem também elaborando o projeto de reurbanização e cobertura da avenida Amélia Amado e de saneamento do bairro Jorge Amado, onde foi realizada emergencialmente a rede de esgotos da rua Graviola. “Sabemos que o nosso povo já sofreu demais e que a nossa expectativa é de atender às demandas. É preciso que todos tenham paciência, até porque estamos providenciando retirar a Prefeitura do Cadim, se tornando adimplente para poder conseguir recursos do governo federal”.

Ele destacou também como prioridade de governo, as obras visando a regularização do abastecimento de água para que a cidade não volte a conviver no futuro com o racionamento e com a decretação de situação de emergência. O projeto depende de um licenciamento ambiental e para atender a todas essas demandas tem viajando para Salvador e Brasília para discutir projetos e propostas junto às diversas instâncias de governo.(Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)