Itabuna vai utilizar helicóptero para identificar focos de dengue

O uso de helicópteros para identificar focos de dengue em Itabuna ainda nos próximos dias foi anunciado pelo secretário da Saúde, Antônio Vieira, durante encontro com empresários e representantes da sociedade civil organizada na Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, segunda-feira, 3. Ele falou das estratégias na luta contra a dengue em Itabuna, que registrava no início dessa semana 2.054 casos, com quatro óbitos e mais três ainda em fase de confirmação – dois pacientes de Itororó e um de Buerarema.

O secretário informou ainda, que o grande problema da dengue é que os fogos do mosquito aedes aegipty estão no interior de residências. “Estamos vivendo agora um momento decisivo nessa guerra, porque estamos com um índice de infestação predial de 17%, quando o nível aceitável é de 1%”. Lembrou que a estratégia prioriza a identificação dos pontos estratégicos para erradicação dos focos e as áreas onde há maior número de casos da doença.
Antônio Vieira informou ainda, que em função das ações implementadas até agora a movimentação nos postos de saúde e nos hospitais já começa a diminuir, mas como o processo envolve todo um ciclo, os resultados só serão revertidos deforma mais ampla a partir de abril. “Daí a necessidade da participação da sociedade civil organizada a partir das escolas, onde os alunos são mobilizados como formadores de opinião nas comunidades onde vivem”.
Ele destacou ainda que um complicador a mais no processo está no fato de que o mosquito da dengue pode voar num raio de até dois quilômetros e tem uma sobrevida de até dois anos para a eclosão dos ovos. “Semana passada tivemos um encontro com o secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, a quem encaminhamos uma pauta de reivindicações e solicitamos o apoio de carros do tipo fumacê, camas e material de atendimento, além da disponibilização de técnicos e reciclagem do pessoal do laboratório para exames de sorologia”, disse o secretário.
Para Antônio Vieira, o problema em Itabuna é que 90% dos focos estão no interior das residências e uma fêmea, que vive em média 45 dias, põe uma média de 70 a 150 ovos a cada 48 horas, numa progressão preocupante e que exige um sistema de manejo. Para ele o mais importante instrumento de combate à dengue está no trabalho educativo e na sensibilização da população.
Outro fato importante é que em função de uma liminar concedida pela Justiça os agentes de endemias podem ter acesso a imóveis residenciais ou não para eliminação de focos. “O interessante é que Itabuna nesse caso assumiu a dianteira no processo e também paga o ônus de ser uma referência em saúde recebendo pacientes de outros municípios apesar de ter perdido a gestão plena do sistema na região”, finalizou. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna).