As políticas públicas voltadas para os jovens de Camaçari incorporaram novos programas. Hoje, sete projetos beneficiam mais de 2 mil jovens e 5 mil familias com cursos profissionalizantes, atividades esportivas, culturais, educacionais, apoio psicológico e encaminhamento ao mercado de trabalho. A intenção é promover a inclusão social e o combater o uso de drogas. O Município conta com sete projetos, dois desenvolvidos pela Prefeitura, o Adolescente Aprendiz e Casa da Criança e do Adolescente. O primeiro é voltado à inserção de jovens de 16 e 17 anos no mercado de trabalho. Até completar 18 anos, o menor ganha uma bolsa no valor de R$ 237 para atuar na Prefeitura ou em programas pertencentes ao governo municipal. São 250 beneficiados, que trabalham durante 4 horas diárias. O custo mensal do Adolescente Aprendiz é de R$ 250 mil.
Integrante do programa há sete meses, Josevânia Nascimento da Silva, 17 anos, fala satisfeita sobre o aprendizado e a nova oportunidade de estar no mercado. “Antes de trabalhar na secretaria do Desenvolvimento Social vendia roupas em um box do Centro Comercial. A carga horária era maior e a função mais cansativa. Aqui aprendi diversas coisas, até a manusear o computador”, diz a estudante da 6ª série, que agora auxilia a mãe nas despesas domésticas. Na Casa da Criança e do Adolescente são oferecidas atividades sócio-educativas para 710 pessoas com idade entre 7 e 17 anos. Entre as modalidades oferecidas estão balé, capoeira, percussão, coral, dança contemporânea, carpintaria e serigrafia. Os dois últimos, mais o curso de corte e costura também chegam aos pais dos beneficiados pela entidade.
Os jovens do Município ainda contam com o Projovem Adolescente (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), o Benefício de Prestação Continuada, BPC na Escola, ambos com parceira com o governo federal e estadual. O projeto de proteção e atenção ao jovem é formado também pelos programas desenvolvidos pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), e Planseq (Plano Setorial de Qualificação). Através do Projovem Adolescente, 54 pessoas de 15 a 17 anos participam de atividades sócio-culturais nos CRAS. Entre os serviços oferecidos estão passeios, palestras, exibição de filmes e oficinas. O beneficiado recebe R$ 30 mensais.
Os portadores de necessidades especiais também contam com uma política específica. A permanência do grupo nas unidades de ensino é garantida pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) na Escola. Em Camaçari, 322 famílias estão sendo acompanhadas e monitoradas pela Sedes. O resultado do relatório é encaminhado ao Governo Federal para que avalie quais fatores dificultam acesso dos deficientes à escola. Quem recebe o benefício do Bolsa Família agora pode aprender uma profissão. É o Planseq, que garante a qualificação de pelo menos um membro da família em cursos das áreas de construção civil e turismo. Já são 100 pessoas capacitadas no Município e mais 413, futuramente, na orla. Os cursos são de carpinteiro, armador, carpinteiro armador, carpinteiro montador, pedreiro, azulegista e hidroelétrico.
Além da assistência aos jovens, alguns dos programas ampliam as atividades às famílias. É o caso do CRAS e do PETI. O primeiro beneficia 1 mil famílias por ano, com cursos profissionalizantes, atendimento psicossocial, atividade de grupo, além de serviços jurídicos na unidade de Parafuso. Contam com CRAS, os bairros Nova Vitória, Verde Horizonte, Buri Satuba, e as localidades de Parafuso e Barra do Pojuca. Menores de 7 a 17 anos em situação de trabalho infantil são atendidos pelo PETI. São mais de 500 em 14 organizações não-governamentais parcerias do Município. Os menores têm reforço escolar, atividades esportivas e alimentação. As famílias ainda recebem apoio psicossocial. Todas as atividades do PETI são realizadas no turno oposto ao horário escolar. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Camaçari)