Oeste baiano é o primeiro a ser mapeado

O Oeste baiano é a primeira área contemplada pelo projeto de atualização da base cartográfica do estado. Já foram iniciados os trabalhos de captação das imagens de satélite e elaboração de produtos cartográficos para a região. O projeto beneficiará o planejamento territorial, em especial, a gestão ambiental dos recursos hídricos, os setores de petróleo e gás, agronegócio, mineração e transportes, a proteção ambiental e o planejamento municipal. A iniciativa é da Comissão Estadual de Cartografia, entidade coordenada pela SEI/Seplan. Extremo Sul, Litoral Norte e Semiárido serão as próximas áreas mapeadas.

Ao receber os produtos contratados, a Bahia será o primeiro estado brasileiro a contar com uma base cartográfica atualizada, de alta resolução e com cobertura para todo o território. A base existente para o estado está defasada em cerca de 30 anos.
Os primeiros produtos licitados para o projeto, contratados em dezembro de 2008 e já em processo de execução pela empresa Imagem Geossistemas e Comércio Ltda, foram as imagens de satélite de alta resolução (2,5 m), recobrindo toda a Bahia. As duas empresas contratadas entregarão os produtos por lotes, ao longo de dois anos, iniciando pelo Oeste baiano, depois Semiárido, Extremo Sul e Litoral, dando conta de todo o Estado. O investimento até o momento é em torno de R$ 20 milhões.
O segundo contrato de produtos para o projeto inclui o Modelo Digital de Superfície (MDS), que traz a representação em 3D do terreno, ortoimagens, que é a sobreposição do MDS com as imagens de satélite, e as curvas de nível, que revelam a altimetria. Tais componentes são essenciais para a construção de mapas cartográficos com precisão.
“Há uma demanda crescente de informações precisas e articuladas dos diferentes territórios que compõem o espaço geográfico baiano, de modo que se tenha um diagnóstico permanente de suas necessidades e potencialidades. Esse conhecimento é fundamental para nortear a atuação governamental e também da iniciativa privada”, diz José Geraldo Reis, diretor geral da SEI.
Cartografia terá mais de três mil folhas topográficas - Com base em imagens digitais de alta resolução (2,5 metros), a nova cartografia contará com mais de 3 mil folhas topográficas, nas escalas de 1:25.000 para o Oeste, o Extremo Sul e o Litoral, e de 1:50.000 para o Semiárido. Está em andamento também a execução de um convênio de cooperação técnica e financeira com a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro para avaliação e homologação dos produtos e resultados obtidos. Nesse processo, o corpo técnico do estado será capacitado para utilizar as diversas tecnologias. Será implantada uma nova infra-estrutura de hardware, software e comunicação de dados.
Para se ter uma idéia da evolução, a Cartografia Sistemática do Estado é bastante antiga (décadas de 50 a 70), com apenas 227 folhas topográficas, elaboradas na escala de 1:100.00. Executado por diversas instituições (DSG/Exército, IBGE, SUDENE), originalmente em meio analógico e digitalizadas recentemente pela SEI em parceria com a antiga SRH (Secretaria de Recursos Hídricos) e o IBGE, o projeto tem problemas como a desatualização das bases oficiais; a diversidade de referenciais, formatos de arquivos e precisão; a inconsistência de dados; e a inviabilidade no intercâmbio de dados e informações. (Fonte: Ascom da SEI).