Lauro de Freitas promove formação em educação inclusiva para professores

Professores da rede municipal de Lauro de Freitas deram mais um passo na educação inclusiva, debatendo com alunos do sexto ano de Pedagogia da Unibahia. Mas ainda há muitos passos a serem dados, ressaltaram palestrantes do encontro promovido pela Secretaria Municipal de Educação. A inclusão dos portadores de necessidades especiais, principalmente no tocante a educação, foi um dos avanços previstos na Constituição de 1988. O secretário municipal da Educação, Paulo Aquino, destacou a importância da parceria entre o município e a Unibahia, enfatizando que uma escola democrática tem que trabalhar pela educação de todos.

O professor Alexandre Baroni, que palestrou sobre acessibilidade, ressalta que os professores, assim como toda a sociedade, resistem ao que é diferente, por isso os entraves ao desenvolvimento de escolas acessíveis e à formação para educação de pessoas com necessidades especiais. Já a professora Suely Calixto, mestre em Educação, aponta que a inserção dos estudantes com necessidades especiais nas escolas já acontece, “mas estamos longe ainda de uma inclusão real destes estudantes. Ainda é necessária a desconstrução de muitos preconceitos e estigmas”, ressaltou a professora da Unibahia. Ela entende que há a necessidade de práticas pedagógicas que atendam à diversidade dos alunos, percebendo as potencialidades de todos eles.

Já o coordenador de Educação Especial da Secretaria Estadual da Educação (SEC), João Prazeres, entende que a maior barreira ainda é a falta de uma escola fisicamente acessível. “As escolas não são projetadas para receber estudantes com necessidades especiais”, pontuou. Prazeres, entretanto, não deixou de citar a resistência dos profissionais de educação em lidar com as diferenças. “Não se promove a sensibilização, e a educação inclusiva não é garantida. Ainda há uma distância grande entre a lei e a prática”, comentou o coordenador, para quem os currículos para a formação de profissionais de educação ainda são “rígidos, inacessíveis e excludentes”. O secretário Paulo Aquino lembrou que em lauro de Freitas, as escolas construídas a partir de 2005 já oferecem a acessibilidade, com rampas, sanitários adaptados e elevadores. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Lauro de Freitas)