CNM alerta gestores sobre investimentos em Cultura

Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para o Brasil, ainda são preocupantes em relação ao desenvolvimento da Cultura e Educação. Para que o País alcance melhor posição no ranking das maiores economias do mundo, terá que vencer algumas dificuldades no que diz respeito a investimentos públicos. Isso deve ocorrer nas três esferas de governo – municipal, estadual e federal. A avaliação foi elaborada com base nos dados do estudo do Ipea Presença do Estado no Brasil: Federação, Unidades e Municipalidades. A pesquisa, mostra a estrutura física do Estado brasileiro e a incidência de seus serviços.

Os cursos universitários públicos, por exemplo, estão disponíveis apenas em 157 dos 5.563 Municípios brasileiros, o equivalente a 2,8% do total de cidades. A maior parte concentra-se na Região Sudeste. Além disto, a pesquisa mostra que 46 cidades de oito estados não têm estabelecimento público de ensino médio. Cinco deles concentram o maior número de Municípios sem esse serviço: 16 são de Minas Gerais; 12 do Rio Grande do Sul; dez de Alagoas; dois de Tocantins e dois de Pernambuco.

Investimentos Culturais - Na avaliação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) a pesquisa serve como um referencial e uma amostragem em relação aos poucos investimentos na área da Cultura. Além disto, mostra que em 2.953 Municípios não há estabelecimentos públicos nesse segmento, quer sejam museus, casas de cultura ou de espetáculos. Desse total, 37% estão no Nordeste, requerendo uma atenção maior para o desenvolvimento destas áreas tornando-se um fator importante de geração de trabalho e renda.

O levantamento indica ainda que 44,7% dos brasileiros, em metade do território, não têm nenhum acesso a equipamentos de cultura. Também foi detectada uma baixa oferta de bibliotecas. Na média, existe uma biblioteca a cada 26,7 mil brasileiros.

A CNM alerta os gestores públicos municipais quanto à importância da inclusão de projetos ligados a Cultura, em seus planos de governo e desenvolvimento. A entidade lembra que o setor é importante para estimular o crescimento dos Municípios, contribuir para a geração de trabalho, renda e aumentar a qualidade de vida. (Fonte: CNM)