UPB homenageia as mulheres

Quando se fala do Dia Internacional da Mulher, fala-se muito mais do que tão somente da figura feminina. O dia 8 de março é para festejar e relembrar das lutas femininas, das conquistas das mulheres brasileiras, da História da mulher no Brasil, da sua participação política e do seu papel na sociedade brasileira. Ao criarem essa data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual, o esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher.

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira: foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. A brasileira Luiza Alzira Soriano Teixeira, 32 anos na época (1928) disputou as eleições para prefeita no município de Lages, Rio Grande do Norte, e venceu o pleito (contra um homem) com 60% dos votos. Ela tomou posse em 1º de janeiro de 1929, tornando-se assim a primeira prefeita eleita no Brasil e na América do Sul.

Em 1958, na Bahia, Dejanira Resende de Souza tomava posse, na cidade de Belmonte, tornando-se a primeira prefeita do Estado. Cinqüenta anos depois, a Bahia já conta hoje com 45 mulheres no comando do Executivo – quantidade importante, mas inexpressiva diante de um horizonte de 417 municípios baianos.

PRESENÇA FEMININA - O momento da elaboração da nova constituição brasileira foi fundamental, para que as mulheres, a partir de sua atuação, conquistassem direitos legais e obtivesse legitimidade para suas reivindicações, inclusive na esfera da política institucional. Nesse período foram criados os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais da Condição Feminina, as delegacias da mulher, os coletivos de mulheres nos partidos e sindicatos, a implementação da Lei das Cotas. Porém, essas instâncias de representação e reconhecimento político não determinaram um equilíbrio entre homens e mulheres em termos de representação no legislativo.

A história a cada dia desvenda a importância da participação das mulheres e de sua ação política nos processos revolucionários. Da Revolução Francesa e Americana à Revolução Industrial, da abolição da escravatura à ampliação dos direitos dos/as cidadãos/cidadãs, as mulheres foram força e presença em todos os processos revolucionários que mudaram as relações entre os homens e entre os gêneros. No Brasil, a presença das mulheres nas lutas libertárias está sendo desvendada à medida que as pesquisas com enfoque de gênero trazem à tona novos sujeitos, antes invisíveis por uma ciência que não lhes reconhecia como tal. A participação das mulheres na política é de fundamental importância para o avanço das políticas de gênero no Brasil, e, sobretudo, da transformação social em todas as esferas.