Pesquisa revela: 69% das rodovias estão em condições ruins

Análise divulgada nesta quarta-feira, 28 de outubro, pela Confederação Nacional de Transporte (CNT) acusa que 69% das rodovias do País estão em más condições. A Pesquisa Rodoviária 2009 avalia a qualidade das estradas de gestão pública – de responsabilidade dos governos estaduais e federais – e das privatizadas.

Durante 45 dias, a CNT analisou a qualidade de 89.552 quilômetros de rodovias. Ainda que a pesquisa tenha apontado a necessidade de mais cuidados com as estradas, os números são melhores que os do ano passado. Em 2008, de acordo com a Confederação, 73,9% das estradas foram classificadas como ruins ou péssimas.

Segundo o órgão, apenas 31% das estradas estão em boas condições de tráfego. Na última pesquisa essa classificação alcançava somente 26,1% das rodovias. Dentre o total de quilômetros observados, 75.337 são de responsabilidade dos governos e 14.215 da iniciativa privada.

A CNT também classificou as condições das rodovias de acordo com a administração. Entre o total de estradas da gestão pública, 77,6% têm qualidade ruim e 22,4% possuem boas condições. No caso das pistas privatizadas, em 76,5% delas o tráfico é bom e apenas 23,5% tiveram resultados negativos.

Solução do problema - Para a CNT, se os governos quiserem melhorar a situação das estradas brasileiras, será necessário um investimento de R$ 32 bilhões. Ainda de acordo com o órgão, as rodovias administradas pelo governo federal apresentaram mais progressos. Elas passaram de 25,8% em condições boas para os 31% divulgadas neste ano. As estaduais permaneçeram no mesmo patamar, 26,9% para 26,2%.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) publicou nota no site oficial declarando que considera a análise positiva para o governo. Para o órgão público, “a leitura atenta dos indicadores da Pesquisa Rodoviária comprova uma melhora muito significativa das condições de tráfego das rodovias brasileiras sob responsabilidade federal”. Desde 2003, o governo federal aplicou R$ 23 milhões em obras rodoviárias. (Fonte: CNM com informações da CNT, Dnit e Estado de S. Paulo)