Uma das pessoas mais conhecidas de Camaçari, o lambe-lambe Arlindo Valverde dos Santos, mais conhecido como “Passarinho”, se empolga quando fala do local onde nasceu há 73 anos. Orgulhoso da profissão que abraçou, foi o primeiro a tirar fotos 3 por 4 dos moradores da cidade, na Praça Desembargador Montenegro, através da lente de uma antiga máquina, que só fotografava em preto e branco. Com o passar do tempo às mudanças foram acontecendo e as cores aparecendo. Segundo “Passarinho”, há 60 anos o Município era pequeno, cercado de árvores, poucas casas, um mercado velho e uma pequena pracinha onde brincava com os amigos e a luz
era desligada às 22h. Começou o trabalho de lambe-lambe graças ao antigo prefeito José Evaristo Veiga, que proporcionou um curso prático de quatro dias em Salvador.
era desligada às 22h. Começou o trabalho de lambe-lambe graças ao antigo prefeito José Evaristo Veiga, que proporcionou um curso prático de quatro dias em Salvador.
As mudanças tiveram início quando começou a fazer fotos para o fichário dos funcionários do Pólo Petroquímico. De acordo com seu “Passarinho”, a procura foi aumentando devido ao crescimento e a evolução da cidade com a chegada de milhares de pessoas. Com o trabalho, sustentou a família, composta de 5 filhos e 5 netos, construiu a casa onde mora, no Phoc 2 e vive muito feliz com as transformações que aconteceram durante este tempo. Para ele “Camaçari é o melhor lugar para se morar”.
Hoje, a fotografia continua fazendo parte da sua vida de uma forma diferente, com mais cor. Ele trabalha em uma banca no Centro Comercial e em casa. Nos finais de semana, seu Arlindo se diverte com a família na praça Abrantes, que considera o cartão postal de Camaçari e na Cidade do Saber Professor Raymundo Pinheiro. “Nunca pensei que o lugar onde era um matagal antigamente se transformasse na maravilha que é, beneficiando as pessoas carentes”. O lambe-lambe diz que se sente um milionário por ter conseguido tudo o que possui, graças à cidade onde mora, que ofereceu as oportunidades que teve. “De Camaçari não saio por nada, só para o cemitério”. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Camaçari)