Secretaria de Saúde intensifica ações contra a dengue

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde, continua se dedicando com ações educativas e informativas para combater a dengue no município. Nesta sexta-feira (29), em parceria com a comunidade do bairro Parque Residencial acontece palestra em praça pública sobre a dengue, antecipando a atividade do mutirão marcada para sábado (30 de maio). O objetivo do encontro é informar a sociedade sobre o trabalho de prevenção da doença e intensificar as ações de combate à larva do mosquito Aedes Aegypti. A palestra vai acontecer na praça principal do bairro a partir das 19h. Para auxiliar o trabalho da Secretaria de Saúde de Juazeiro, a associação do bairro mobilizou durante esta semana a população do bairro com atividades e reuniões educativas com a participação dos representantes de igreja, escolas e empresas.

“É um evento diferente, pois a comunidade convidou a Secretaria para intensificar as ações no bairro devido ao elevado índice de infestação do mosquito, hoje em 3,8%. Isso comprova que existem pessoas preocupadas em ajudar o poder público de Juazeiro, que tem se empenhado nesta luta diariamente e de forma continuada com agentes educadores nas escolas, nas unidades de saúde, empresas e com os mutirões de combate à dengue, além do trabalho efetivo dos agentes todos os dias nas ruas”, informou o coordenador de endemias de Juazeiro, Edésio Santos.
O coordenador diz ainda – preocupado - que o índice de infestação da dengue em Juazeiro está em 2,4%, acima do preconizado pelo Ministério da Saúde que determina 1%. “As pessoas não estão cuidando dos seus quintais que estão lotados de larvas do mosquito. Observamos o descaso com a doença por parte da população em muitos locais, pois realizamos a visita, orientamos e quando voltamos na mesma residência, encontramos falhas idênticas e focos da larva”, disse.
No Centro e nos bairros próximos, por exemplo, informa o coordenador, locais de bom abastecimento e com a incidência menor de terrenos baldios, lixos e acúmulo de água foi verificado um aumento considerável de larvas do Aedes Aegypti. No bairro Alagadiço, no 1º Ciclo (realizado nos dois primeiros meses deste ano), o índice de infestação foi de 1,5% e foram encontradas 20 casas positivas. No 2º Ciclo (março-abril), o índice subiu para 3,8% com 31 casas positivas. “Vamos ter sempre casos de dengue, mas as pessoas precisam fazer sua parte”, desabafou.
Ele informou ainda que nos bairros Alagadiço, Coréia, Centenário, Piranga, Dom José Rodrigues e Centro foram coletadas 735 larvas de Aedes e apenas 32 de muriçocas. O bairro Coréia, também próximo do Centro, do 2º Ciclo para o 3º, ainda não concluído, subiu de 4 para 15 casas positivas. Edésio Santos deu outro exemplo de situação de descaso. Em Itaberaba, o índice no 1º Ciclo foi de 5% com 77 casas positivas. No 2º Ciclo, após o mutirão da dengue, baixou para 4,3% com 40 casas positivas. No 3º Ciclo, iniciado em 13 de maio, tudo indica que o número vai subir novamente. “Em apenas uma semana de trabalho dos agentes já foram encontradas 34 casas positivas e ainda faltam 2 semanas de trabalho e muitas casas receberão ainda a visita do agente de endemias.
“Estamos borrifando com inseticida todos os muros das casas positivas, mesmo sabendo que este trabalho poderia ser evitado se as pessoas contribuíssem com nosso trabalho. O veneno é aplicado em último caso, pois agride a natureza”, explicou. Segundo o diretor de Promoção e Vigilância à Saúde, Rogério Leal, o trabalho da Secretaria de Saúde é para que o mosquito não nasça. “Não queremos ter dengue em forma clínica nenhuma. Não estamos em situação de caos, mas a população precisar realizar seu compromisso juntamente com o poder público”, esclarecendo ainda que não dá para prever se o vírus vai formar casos mais graves ou menos graves da doença. “Como a dengue vai se manifestar depende de vários fatores, como infectividade e letalidade, por exemplo. O vírus age de forma diferente em cada organismo. É necessário que as pessoas saibam que a dengue mata e a responsabilidade é de todos. É preferível não ter dengue de jeito nenhum,” concluiu. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Juazeiro)