Lavagem de Santo Amaro reúne 50 mil pessoas e 300 baianas

Ao som de É D’Oxum tocado pela charanga, o cortejo formado por mais de 300 baianas de todas as idades, em trajes típicos, partiu levando o estandarte em direção à escadaria da Igreja da Purificação.

Até crianças de colo ingressam na fé dos festejos e envergam seus trajes africanos para participar da Lavagem de Santo Amaro, que aconteceu no último domingo (31/01) na cidade mais famosa do Recôncavo baiano.

Muitos dos que acompanhavam as filhas e filhos de-santo no pequeno trajeto empunhavam lanças de flor de cana-de-açúcar.

Fugindo do calor e empurra empurra da concentração para a saída, muitas baianas esperaram o cortejo já na igreja, com seus cântaros de água de cheiro. Alguns pais e mães-de-santo desde cedo ofereciam seu axé, com banhos de folhas, milho e pipoca, na escadaria.

Também representando a forte cultura negra do Recôncavo baiano, se apresentaram grupos folclóricos de maculelê e rodas de capoeira. De acordo com a organização do evento, representantes de 40 terreiros de candomblé diferentes marcavam presença na festa.

Após breve discurso do prefeito da cidade, Ricardo Machado, do pedido de paz da baiana Nicinha do Samba e da lavagem do adro da igreja matriz, a charanga levou os participantes até a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, onde as baianas fizeram as últimas oferendas.

Quem se encarregou de animar os foliões (estimados em 50 mil) na parte profana da festa foram as bandas Chita Fina, Tribahia, Banda Clã, Banda Cactus e On The Floor. A Timbalada e o grupo de pagode Saiddy Bamba comandaram o bloco Tô na Aba.

Este ano, a sambista Dona Edith do Prato, morta no ano passado, foi homenageada. Seu nome e rosto estampavam placas espalhadas pela cidade. (Jornal A Tarde 01/02/2010)