Valor da última parcela do Apoio Financeiro aos Municípios (AFM) é de R$ 521 milhões

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) informa que depois de cinco adiamentos sucessivos o Governo Federal está anunciando para esta semana, o depósito nas contas dos Municípios, da última parcela do Apoio Financeiro aos Municípios (AFM), criado para complementar as perdas acumuladas em razão da crise financeira de 2009.

O valor total a ser depositado deve somar R$ 521 milhões. O governo informa que na Medida Provisória de ajuda ao Haiti que está sendo editada, será incluído o item de Transferência a Estados, Distrito Federal e Municípios para viabilizar a complementação de Apoio Financeiro pela União aos Municípios que recebem recursos do FPM, como determina a Lei 12.058/2009.

O valor incluído na MP será de R$ 384 milhões que devem ser somados a outros R$ 137 milhões que já estão disponíveis, alcançando o total de R$ 521 milhões. Corresponde a última parcela do AFM prevista para setembro de 2009 a qual deveria ter sido paga em outubro do ano passado e só está sendo consolidada quatro meses após a data prometida.

A CNM lembra que os prefeitos fizeram muitas programações financeiras para saldar compromissos e até pagar salários, com o valor do AFM que receberiam. Em razão dos constantes adiamentos, toda a programação teve que ser revista atrasando o pagamento a fornecedores e funcionários, com sérios prejuízos para as administrações, “o que é profundamente lamentável”, na opinião do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

O presidente da CNM destaca que o governo cumpriu com o compromisso assumido até agosto do ano passado, quando liberou R$ 1,867 bilhão, atrasando, porém a parcela final prevista para o mês de setembro. Com isso, a previsão de conceder um valor de FPM igual ao de 2008 só será complementado agora.

“O Apoio Financeiro foi uma medida que contribuiu para reduzir, em parte, o tamanho da crise enfrentada pela grande maioria dos prefeitos”, admite. Ziulkoski adianta que a CNM permanecerá vigilante e acompanhando a liberação dos R$ 521 milhões e pede que os prefeitos façam o mesmo para ajudar a evitar novos adiamentos.(Fonte: CNM)

Lauro de Freitas realiza 4ª Conferência Municipal das Cidades

As secretarias municipais de Governo (Segov) e de Planejamento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan), em parceria com os conselhos municipais de Habitação e de Política Urbana, realizarão, nos dias 22 e 23, na Casa do Trabalhador, a 4ª Conferência Municipal das Cidades. Sob o lema “Cidades para todos e todas com gestão democrática, participativa e controle social”, e com o tema “Avanços, dificuldades e desafios na implementação da política de desenvolvimento urbano”, esta conferência é mais um sinal do empenho da Prefeitura de Lauro de Freitas em realizar uma gestão que busca ouvir os cidadãos e seus anseios na definição de ações estruturantes no município.

A coordenadora executiva da Segov, Nadjena Miranda, afirmou que na terceira edição da conferência avaliou-se que, no período de dois anos que as separa, foram realizadas 90% das prioridades apresentadas pelos delegados durante a segunda conferência. Avaliações preliminares já demonstram que este número deve chegar a 80% em relação às demandas da terceira. “A gente consegue ver avanços e conquistas a partir das propostas elencadas”, salientou Nadjena Miranda. O evento que será aberto na próxima sexta-feira será preparativo para as conferências estadual e nacional.
A conferência deverá ter pelo menos 100 delegados, representantes de poderes públicos e da sociedade civil, que deverão apresentar propostas que versem sobre a funcionalidade da cidade, nos seus aspectos de mobilidade, habitação, desenvolvimento urbano e saneamento. Entre as finalidades da conferência, estão a proposição de diretrizes para as políticas nacional, estadual e municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Saneamento e da criação e eleição dos membros do Conselho Municipal das Cidades. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Lauro de Freitas)

Municípios perdem dinheiro ao recusar previdência própria

Prefeituras baianas, que devem R$ 3,8 milhões ao INSS, poderiam reduzir as despesas em 50%

Apesar de terem a segunda maior dívida com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), R$ 3,8 bilhões, atrás somente dos municípios de São Paulo (R$ 5,5 bi), as prefeituras baianas resistem em migrar para o regime previdenciário próprio – um sistema que já está reduzindo em até 50%, em todo o País, a despesa de quase dois mil municípios nas contribuições previdenciárias. A crítica é do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que tem oferecido, via CNM, consultoria gratuita para os gestores municipais que desejam fazer a migração deixando para trás o teto caro e esburacado do INSS: são 22% da folha de servidores pagos obrigatoriamente todos os meses pelos prefeitos para um sistema que acumula um déficit de mais de R$ 40 bilhões.

Dos 417 municípios baianos, somente cerca de 40 criaram regime previdenciário próprio – o que significa implantar uma caixa, fundo ou instituto próprio de previdência, passando a recolher eles mesmos as contribuições dos servidores (11% do salário) e da prefeitura. Além disso, os municípios que deixam o regime geral passam a fazer jus a uma compensação previdenciária, paga pela União, pelos anos de contribuição ao I NSS.

Fraudes “O regime próprio é bom”, reconhece o presidente da União das Prefeituras da Bahia (UPB), Roberto Maia (PMDB), “mas os servidores municipais temem fraudes e quebradeiras que algumas cidades já enfrentaram com o regime próprio, e sem o apoio deles é quase impossível fazer a migração porque ela tem que ser aprovada pela Câmara Municipal”, explica. O próprio Maia, prefeito de Bom Jesus da Lapa, a 777 km de Salvador, tentou implantar o regime próprio, mas esbarrou na resistência dos sindicatos municipais de servidores, que pressionaram a Câmara.

A CNM garante que a nova normativa do Ministério da Previdência (MPS), editada em março do ano passado, praticamente blindou o regime próprio contra fraudes e desvios. São 89 artigos e mais a inclusão do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal na gestão do dinheiro que garante a aposentadoria dos servidores públicos municipais.

De acordo com a CNM, são raros os casos em que o cálculo atuarial demonstra que a migração não vale a pena.

Um exemplo é o município de Estrela Velha (RS), com folha de pagamento de R$ 72 mil mensais e que contribuía com R$ 32,4 mil todo mês para o INSS. Com regime próprio, a contribuição da prefeitura que era de 22% desceu para 11%, reduzindo a despesa pela metade. Indaial (SC) baixou seu desembolso de R$ 286 mil para R$ 191 mil mensais. (Jornal A Tarde 22/01/2010)

INGÁ dá início à Restauração e Conservação de Matas Ciliares

Mais de 1 milhão de hectares de vegetação que nasce às margens dos rios baianos e que protege as águas dos rios de todo o Estado serão conservadas e recuperadas pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), autarquia da Secretaria do Meio Ambiente. Em um investimento de R$ 1 milhão, o órgão abriu edital para selecionar 50 projetos de restauração das Matas Ciliares em 21 bacias hidrográficas do Estado nos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, em parceria com prefeituras municipais e sociedade civil.

Os projetos devem ser construídos de forma articulada entre Prefeituras Municipais e pessoas jurídicas de direito público, e destas com organizações da sociedade civil, e devem ser encaminhados até o dia 12 de fevereiro de 2010.

“Estamos falando de um programa estadual que tem como prioridade construir uma estrutura para conservar e restaurar nossas matas ciliares, através do desenvolvimento de tecnologias de conservação e plantios, mobilização social, criação de banco de mudas, entre outros mecanismos”, explica o diretor da Diretoria Socioambiental Participativa do INGÁ (DSP), José Augusto Tosato.

Tosato esclarece que os projetos selecionados na chamada pública são parte do Programa de Restauração e Conservação das Matas Ciliares e Nascentes, que ainda prevê convênios e cooperações técnicas com universidades e outras instituições de pesquisa, além de articulações com segmentos sociais, a exemplo de povos e comunidades tradicionais e de produtores rurais. O programa foi construído com base em três eixos estratégicos: restauração, sustentabilidade e gestão do programa.

Na avaliação dos projetos da Chamada Pública, serão levados em considerações critérios como experiência da instituição proponente; qualidade e adequação da proposta técnica; perfil do público atendido; estratégia de mobilização; sensibilização; extensão da área a ser recuperada; custo x benefício; e articulação com organizações da sociedade civil.

Os resultados da seleção serão divulgados em março, no site do INGÁ. As dúvidas em relação à Chamada Pública podem ser esclarecidas pelos telefones (71) 3116- 3288 / 3295 (equipe de mata ciliar do INGÁ) ou no edital, disponível em www.inga.ba.gov.br.
Sobre Matas Ciliares

As matas ciliares são fundamentais para o equilíbrio ecológico, oferecendo proteção para as águas e o solo, reduzindo o assoreamento de rios, lagos e represas e impedindo o aporte de poluentes para o meio aquático. A vegetação forma corredores que contribuem para a conservação da biodiversidade; fornecem alimento e abrigo para a fauna; constituem barreiras naturais contra a disseminação de pragas e doenças da agricultura; e, durante seu crescimento, absorvem e fixam dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelas mudanças climáticas que afetam o planeta. (Ascom Ingá)

Projovem Adolescente: mais uma conquista de Aracatu

Uma das quatro modalidades do Programa Nacional de Inclusão de Jovens, o Projovem Adolescente é um serviço socioeducativo que atende exclusivamente a faixa etária de 15 a 17 anos.

Seu objetivo é complementar a proteção social básica à família, favorecendo a convivência familiar e comunitária, além de criar condições para a inserção, reinserção e permanência do jovem no sistema educacional. Em Aracatu, o Projovem Adolescente já está em pleno funcionamento, oferecendo formação para 150 jovens, distribuídos entre sede e zona rural. Está referenciado ao CRAS – Centro de Referência de Assistência Social – em parceria, sobretudo, com a Secretaria de Ação Social. Os jovens são acompanhados diretamente por três orientadores sociais, que se deslocam diariamente para diferentes pontos do município, de modo a atender às expectativas dos jovens. Recebendo orientações e trocando experiências dentro de temáticas transversais como, direitos humanos e socioassistenciais, trabalho, cultura, meio ambiente, saúde, esporte e lazer, certamente estes jovens estarão melhor preparados para a convivência social, participação cidadã e o mundo do trabalho. (Prefeitura de Aracatu)

Banzaê realiza 3ª Conferência das Cidades

Aconteceu no dia 13 de janeiro, na Escola José Benevides na Sede do município, a 3ª Conferência Municipal das Cidades em Banzaê. A composição da mesa que foi formada por Antonio Jackson (Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico), Fabiane Gama (Secretária Municipal de Ação Social), Renivaldo Santos (Assessor Especial) que representou a prefeita Jailma Dantas e Rita Simone (Coordenadora Educacional) que representou a secretária municipal de Educação Jailsa Gama.

Após as falas, o locutor fez uma introdução sobre as conferências e apresentou os Eixos Temáticos e seus palestrantes.

O EIXO I: Criação e Implementação de Conselhos das Cidades, Planos, Fundos e seus Conselhos Gestores nos níveis federal, estadual, municipal e no Distrito Federal foi abordado pela coordenadora Rita Simone.

O EIXO II: Aplicação do Estatuto da cidade e dos plenos Diretores e a efetivação da função social da propriedade do solo urbano foi abordado pelo secretário Antonio Jackson.

O EIXO III: A integração da política urbana no território: Política fundiária, habitação, saneamento e mobilidade e acessibilidade urbana foi abordado pela psicóloga do CRAS Renata Ramos.

O EIVO IV: Relação entre os programas governamentais, como PAC e Minha Casa, Minha Vida e a política de Desenvolvimento Urbano foi abordado pelo assessor Renivaldo Santos.

Para realizar as propostas, foi feito a divisão dos EIXOS em quatro grupos com os representantes de todas as classes presentes, após debate foi feito a deliberação das propostas com dimensão nacional, a plenária e a aprovação das propostas prioritárias com dimensão nacional.

As propostas aprovadas na plenária foram: Propiciar espaços de lazer e praticas esportivas em maior quantidade e qualidade; Capacitar os membros do conselho municipal das Cidades; Criar o fundo nacional para manutenção dos conselhos municipais das Cidades; Melhoria nas condições estruturais do fornecimento e tratamento de água para os povoados, comunidades e área indígena; Promover campanhas educativas sobre o uso constante da água e destino do lixo produzido. (Prefeitura de Banzaê)

Cinco escolas de Barra do Choça receberão salas multifuncionais para Educação Especial

Cinco escolas da rede municipal de ensino de Barra do Choça receberão salas multifuncionais para a educação especial. Nelas serão instalados computadores, impressoras, móveis, jogos pedagógicos e outros equipamentos.

O projeto faz parte do Programa de Implantação de Salas de Recursos do Ministério da Educação e Secretaria da Educação Especial. A entrega do material, são mais de 40 itens, está prevista para 2010 e serão distribuídos em cinco unidades escolares que ainda não contam com esse serviço ou que necessitam de adequações e melhorias.

Educação Especial é uma modalidade de ensino que passa por todos os níveis, etapas de ensino, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta sobre a utilização dos recursos no processo de ensino e aprendizagem nas salas comuns do ensino regular.

Os alunos atendidos na Sala de Recursos Multifuncionais são aqueles que apresentam alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente. Entre eles estão os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, os alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais, os alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que apresentem uma grande facilidade ou interesse em relação a algum tema ou grande criatividade ou talento específico.

Este programa do MEC tem alcance nacional e faz parte de uma ação de apoio aos sistemas de ensino na oferta de Atendimento Educacional Especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais matriculados na rede de ensino público. “Ações como esta, disponibilizada pelo MEC, viabilizam a proposta municipal de educação inclusiva e de qualidade”, disse Marcos Viana, secretário municipal de educação. (Prefeitura de Barra do Choça)

Campo Alegre de Lourdes realiza Conferência Municipal das Cidades

A Prefeitura Municipal de Campo Alegre de Lourdes promoveu neste sábado, 23 a 1ª Conferência Municipal das Cidades com o lema “Cidades para Todos e Todas com Gestão Democrática, Participativa e Controle Social” e o tema “Avanços, dificuldades e Desafios na Implementação da Política de Desenvolvimento Urbano”.

O evento tem como objetivo identificar avanços e dificuldades na sociedade e a formulação de propostas relacionadas à Política de Desenvolvimento Urbano. A conferência municipal é Etapa Preparatória para a 4ª Conferência Estadual das Cidades e da 4ª Conferência Nacional das Cidades.
Dentre as discussões está o Plano Diretor da Cidade e a criação do Conselho Municipal das Cidades. (Prefeitura de Campo Alegre de Lourdes)

Cruz das Almas recebe guarda provisória de área da União

O prefeito Orlandinho assinou na última segunda-feira (18/01), na Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU/BA), em Salvador, o termo de guarda provisória de uma área superior a 8300 metros quadrados. O local abriga a Mata de Cazuzinha, declarada de preservação permanente em junho do ano passado.

Na área cedida pela União, a Prefeitura de Cruz das Almas inicia ainda este ano a construção do Parque Florestal de Cazuzinha. Novos equipamentos públicos, espaços para caminhadas e locais de estudos serão instalados no local que ainda possui uma faixa de Mata Atlântica. (Prefeitura de Cruz das Almas)

A cada minuto, 12 hectares áridos

O alarido em torno do "fracasso de Copenhague", na reunião da Convenção do Clima, impediu que a comunicação desse destaque a algumas discussões ali ocorridas, entre elas as que se referiam ao tema da desertificação e suas relações com mudanças climáticas (uma das causas centrais da desertificação progressiva no mundo, onde esse processo avança à razão de mais de 60 mil km2 por ano, 12 hectares por minuto). É pena.

Ainda na nona reunião da Convenção da ONU sobre Luta contra a Desertificação, realizada em Buenos Aires, no final de setembro e começo de outubro, ficou claro que a situação continua a agravar-se. Só para focar mais perto de casa, foi dito ali que a América Latina e o Caribe já têm 25% de terras áridas, semiáridas e subúmidas secas. E destas, 75% com sérios problemas de degradação por causa do clima e do mau uso. Argentina, México e Paraguai são os países com mais problemas. Mas o Brasil tem mais de 1 milhão de km2 envolvidos no processo, dos quais 180 mil no Semiárido nordestino e mineiro, em situação mais delicada. Ao todo são 1.482 municípios (15% do território nacional) e 32 milhões de pessoas.

Segundo a ONU, no mundo 2 bilhões de pessoas vivem em áreas com terras secas predominantes - 40% da superfície da Terra. Dessas, 325 milhões (40% da população total do continente) estão na África, onde o processo evolui mais rapidamente que em qualquer parte. Até 2025, diz a ONU, a seca pode atingir 70% do planeta. De 1990 para cá, cresceu 15% a área atingida. E quase nada se tem avançado no enfrentamento do problema, devido, além do clima, a desmatamento, mau uso e degradação do solo, urbanização em áreas antes férteis (em 40 anos um terço das terras de cultivo foi abandonado). E esse caminho é dos que mais contribuem para o crescimento do número de "migrantes ambientais", que já são 24 milhões hoje e poderão ser 200 milhões em 2050.

Entre nós a situação é mais grave nos 180 mil km2 e, nestes, em Irauçuba (CE), Seridó (PB), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). Na Paraíba, segundo estudo da Embrapa e da Unicamp, 66,6% das terras férteis foram comprometidas pelo processo de desertificação; no Ceará, 79,6%; no Piauí, 70,1%. Mas parte pode ser recuperada, com caminhos e métodos adequados. Só que dos R$ 49,4 milhões destinados a enfrentar o problema entre 2004 e 2009 apenas 20% foram utilizados (Congresso em Foco, 11/4/2009).

Mas há caminhos para enfrentar o problema, no mundo e aqui. Entre nós, felizmente, passou a prevalecer a visão de que é preciso trabalhar a questão não tentando "combater a seca", e sim adotando um programa de "convivência adequada" com o Semiárido e suas possibilidades. A propósito, o escritor Ariano Suassuna, que cria cabras em região árida, costuma dizer - e provavelmente por isso já foi citado aqui - que "enfrentar a seca criando um Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, como fizemos, é como criar um departamento de combate à neve na Sibéria". Tarefa impossível.

No campo da água, propriamente, o caminho mais indicado para abastecer as populações que vivem em pequenas comunidades isoladas, onde não chegam nem chegarão adutoras com águas de transposição, é o das cisternas de placas, que recebem a água de chuva canalizada nos telhados e a depositam em reservatórios de paredes cobertas por placas que impedem a infiltração na terra. Por esse caminho, na estiagem, uma cisterna pode abastecer com 20 litros diários de água cada uma das pessoas na casa - "uma bênção", como disse ao autor destas linhas uma mulher no interior de Pernambuco, erguendo as mãos para o céu. Já se construíram mais de 200 mil cisternas de placas e é preciso chegar a 1 milhão - mas, infelizmente, o grosso dos recursos no Semiárido vai para o programa de transposição de águas do São Francisco, que não as atenderá, já que mais de metade da água transposta irá para programas de irrigação de produtos destinados à exportação e outra grande parte, para reforço do abastecimento de água das cidades que, em média, perdem mais de 40% da que sai das estações de tratamento.

Nas zonas rurais, o caminho está também em barragens subterrâneas e barragens encadeadas, que viabilizem cada vez mais programas como a cultura de caju, do umbu, da cera de carnaúba, de fibras e outras, além da apicultura, piscicultura (em reservatórios já existentes), caprinocultura e outras.

Em março, em Petrolina e Juazeiro, será realizado o Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, no qual se pretende construir um "pacto pelo desenvolvimento sustentável do Semiárido". Será uma boa oportunidade de avançar. Não apenas conceitualmente, mas acertando a destinação dos recursos imprescindíveis, que até aqui são quase ridículos. Abrindo para sua utilização caminhos corretos, que não sejam nem o das megaobras como a do São Francisco (muitas vezes comentadas aqui), nem os que acabam concentrando água para poucos beneficiários (como nos grandes açudes construídos durante décadas em propriedades privadas, sem beneficiar o grosso da população).

É preciso ressaltar, como tem feito a ONU, que a degradação da terra não é apenas consequência de mudanças climáticas, é causa também - como tem sido observado, principalmente, na África, onde a terra degradada é fonte geradora de emissões que intensificam o efeito estufa. A recuperação dessas terras ajuda a fixar carbono e até removê-lo da atmosfera. E nesse ponto entra em cena o problema do mercado mundial de carbono, em que os financiamentos continuam a escassear, ante a incerteza quanto do futuro do Protocolo de Kyoto e seu Mecanismo do Desenvolvimento Limpo, que destina recursos a esses caminhos.

Os novos conceitos permitem enfrentar dois problemas ao mesmo tempo, o do clima e o da pobreza - não esquecendo que hoje há mais de 1 bilhão de pessoas que passam fome todos os dias. (Jornal O Estado de São Paulo - 22/01/2010)

Feira de Santana reforma novas praças e instala acesso à internet gratuito

Marcando uma nova concepção em áreas e espaços de lazer, começou a execução das obras de reforma geral da praça do conjunto George Américo. O prefeito Tarcízio Pimenta acompanhou o início dos trabalhos, quando anunciou, também, a recuperação do ponto de ônibus e do módulo da Polícia Militar, instalados em uma área bem próxima do equipamento, que ainda vai ganhar um busto em homenagem ao líder comunitário que deu origem a localidade.

Com as intervenções, a Prefeitura de Feira de Santana vai recuperar a quadra poliesportiva, eficientizar a iluminação pública e dotar o espaço de total infra-estrutura de lazer para a comunidade. O canteiro verde será revitalizado e a praça também vai ganhar novos bancos em concreto, rampas de acessibilidade para cadeirantes e outros equipamentos.

Situada no centro do bairro, a praça do George Américo também vai ganhar sinal de Internet gratuita através do programa Feira Cidade Digital. O programa, implantado pelo Governo Municipal, está em fase de expansão e gradativamente sendo levado para todos os bairros e zona rural de Feira de Santana.

Uma outra novidade anunciada pelo prefeito é a instalação de câmeras de segurança, tornando-se o segundo espaço público da cidade a dispor deste tipo de equipamento. As câmeras serão posicionadas em locais estratégicos visando proporcionar total cobertura à praça e garantir a integridade das pessoas que freqüentam o espaço. O sinal será transmitido instantaneamente via Internet visando garantir o monitoramento do equipamento.

Com previsão de conclusão em 30 dias, as obras terão um custo da ordem R$ 70 mil, já incluídos os serviços complementares na área do ponto de ônibus e do módulo policial. "São obras importantes de revitalização dos equipamentos públicos do município", disse o prefeito Tarcízio Pimenta. (Prefeitura de Feira de Santana)

Quatro novos PSFs beneficiam 24 mil pessoas

Até março, Camaçari vai inaugurar quatro novos postos de Saúde da Família (PSF). A iniciativa beneficia 24 mil pessoas e melhora ainda mais o serviço de saúde prestado pelo Município. A ação é uma forma de cuidar e oferecer mais assistência à população. Com esses, Camaçari passará a contar com 24 PSFs, cobertos por 36 equipes de atendimento médico. As unidades a serem inauguradas estão localizadas nos bairros Ponto Certo, Gravatá, Nova Vitória e Fonte das Águas, na orla. As unidades estão prontas e aguardam apenas a instalação de equipamentos.

A primeira a ser inaugurada será a do Ponto Certo. O posto construído vai funcionar com duas equipes médicas. Cada uma é responsável pelo atendimento de 4 mil pessoas, beneficiando um total de 8 mil moradores. No Gravatá, a situação é igual. O bairro não tinha PSF e agora passa a ter, com o atendimento de duas equipes. Mais 8 mil pessoas serão beneficiadas pela iniciativa. Já os bairro Nova Vitória e Fonte das Águas tinham os PSFs funcionando em casa alugadas e com uma equipe. Agora, ganharão sede própria e passam a atender com duas equipes cada. Desta forma, 8 mil pessoas passarão a ter atendimento no bairro em que residem.

SEGUNDO SEMESTRE - De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesau) de Camaçari, está prevista para o segundo semestre deste ano a construção de dois novos PSFs. As unidades serão implantadas nos bairros Buris Satuba e Parque das Mangabas.

O Buris Satuba tem o posto funcionado em uma casa alugada com uma equipe. A comunidade vai ganhar um PSF, em sede própria, e ampliar para duas a quantidade de equipes médicas. Já o Parque das Mangabas ganhará o primeiro PSF. Duas equipes médicas realizarão o atendimento para a população. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Camaçari)