Além das pautas prioritárias da XII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, os prefeitos que participaram do encontro também demonstraram outra preocupação: combater o aumento do tráfico de drogas nos Municípios. Por consequência, muitos Municípios estão adotando medidas para diminuir o número de casos deste crime. “Todos os gestores devem dedicar atenção especial ao tema. Precisamos mobilizar a sociedade civil e as famílias para afastar a juventude das drogas”, afirmou a prefeita de São Sebastião do Passe (BA), Tânia Maria Portugal. Ela esteve na XII Marcha e elogiou o fato de o assunto ter sido colocado em pauta.
A prefeita é uma das integrantes de um consórcio de quatro Municípios da região metropolitana de Salvador que foi fundado para discutir temas de interesse público. Entre eles, por exemplo, o aumento do tráfico de drogas. Formado pelos Municípios de São Francisco do Conde, Candeias, Madre de Deus e São Sebastião do Passe, o grupo fará reuniões periódicas para organizar trabalhos em conjunto. “Queremos envolver as três esferas do Poder Público e a sociedade, além de buscar parcerias com entidades para acolher os jovens usuários de entorpecentes”, explica Tânia.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, esta iniciativa dos Municípios baianos pode ser o primeiro passo rumo ao amadurecimento de discussões sobre o combate às drogas. “As primeiras idéias podem surgir destes encontros. Toda iniciativa é válida”, afirma.
Ações no Paraná - No Paraná, outros dois Municípios também adotaram medidas. Toledo, a oeste do Estado, vai pagar recompensa de R$ 400 para quem repassar informações que levem a polícia a prender traficantes ou apreender drogas. O projeto foi aprovado na Câmara Municipal por unanimidade em primeiro turno. De acordo com a proposta, o valor será pago pela prefeitura de Toledo. O sistema será gerenciado pelo Município, pelo Conselho Municipal Antidrogas, pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e pelas polícias Federal, Militar e Civil.
Em Cascavel, também no oeste paranaense, a recompensa ao denunciante é de R$ 200. Ao ligar para a Polícia Federal, a metade de uma senha é fornecida. Se as informações forem verídicas e levarem a alguma prisão ou apreensão de arma, o restante da senha é entregue ao denunciante. Com o código completo em mãos, basta procurar o Conselho de Segurança dos Municípios, que é responsável pela liberação dos recursos. (Fonte: CNM)