Os dois grupos que integram o Pacto Municipal Contra a Violência em Itabuna se reúnem nesta quarta-feira, 5, às 18 horas na Câmara Municipal de Vereadores. Eles vão apresentar o diagnóstico e as propostas de trabalho que vão nortear os rumos da segurança no município. Um dos grupos é formado por instituições que envolvem as polícias Civil, Militar e Federal, Ministério Público e o Judiciário.
Já o segundo integra a sociedade civil organizada como a prefeitura, clubes de serviços e demais associações, além do Conselho Municipal de Segurança, que segundo o secretário municipal de Assuntos Governamentais e de Comunicação Social, Walmir Rosário, tem tido uma participação importante em defesa da segurança da comunidade itabunense.
Só depois da apresentação do diagnóstico elaborado pelos grupos será traçado um plano de ação para o trabalho de combate às causas da violência em Itabuna. Walmir Rosário ressalta que os órgãos que tem como dever constitucional combater o crime continuam desempenhando o trabalho de forma rotineira, e que o Pacto Municipal Contra a Violência não prevê interferência nas atuações.
O que o pacto pretende, segundo ele, é atuar sobre as causas da violência, através de ações unificadas em todos os setores da comunidade, o que inclui as áreas sociais, educacionais, culturais e esportivas. “A idéia é promover ações voltadas para a ocupação de crianças e jovens em projetos que venham culminar com a ocupação profissional, oportunizando a transformação do cidadão”.
Como especialista em segurança, o prefeito Capitão Azevedo disse que é preciso uma maior proteção para a sociedade que se sente indefesa. Mas na condição de prefeito que visita os bairros periféricos regularmente, ele disse que sente de perto a necessidade da população, de uma melhor assistência.
“Infelizmente, o poder público, sozinho, não tem condições materiais de prestar um serviço imediato em todas as áreas, por isso o chamado da sociedade para que ações conjuntas possam ser desenvolvidas através de programas amplos e eficazes que atendam as camadas que ainda não são assistidas como devem e merecem”, concluiu o prefeito.
Participação escolar - As escolas da rede municipal também já abraçaram a proposta, começando com a Escola Municipal Lúcia Oliveira que promoveu uma palestra para 80 crianças, dentro do Programa Educacional de Resistência as Droga e à Violência (Proerd), desenvolvido pelo 15º Batalhão de Polícia Militar.
A diretora da escola, Joana Silva Lima, disse que a escola não pode ficar de fora desta proposta que atende uma inquietação de toda sociedade itabunense. “Sentimos a necessidade de trabalhar este lado na escola, e através de uma triagem, escolhemos para participar da palestra crianças inseridas neste contexto de violência, que estão sendo observadas há dois meses”, ressalva.
A professora Joana ressaltou que muitos alunos trazem a violência da própria casa, outros encontram a violência no caminho da escola, que se manifestam em forma de ameaças física, mental e oculta, o que segundo ela, interfere na aprendizagem. O trabalho já vem sendo desenvolvido em diversos colégios com palestras e serviços rotineiros como a ronda escolar, segundo lembrou o instrutor da área educacional da PM, Sargento Carlos Roberto.
Ele acrescenta que o trabalho é desenvolvido nas escolas, através de um curso de três meses que é finalizado com a formatura das crianças e adolescentes. Já são cerca de cinco mil crianças formadas e acompanhadas pela instrução do curso. “Até o momento, não existe nenhum desvio de conduta”, assegurou. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)