A experiência do combate à dengue no Rio de Janeiro foi discutida no auditório Paulo Bicalho, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, durante um encontro coordenado pelo secretário de Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla e que teve a participação do secretário de Saúde e de Defesa Civil do Estado do Rio, Sérgio Côrtes. O evento reuniu profissionais de saúde que atuam no combate à dengue e representantes da sociedade civil organizada, além do secretário executivo da Defesa Civil em Itabuna, capitão Manfredo Santana; do promotor Clodoaldo Anunciação e ainda do secretário municipal da Saúde, Antônio Vieira.
Jorge Solla apresentou um relato das ações do governo do estado em Itabuna, para onde transferiu o comando da Sesab durante toda essa semana, bem como com a ativação de mais 30 leitos no Hospital de Base, além de implantação de uma unidade de referência de atendimento no Hospital São Lucas e de uma unidade de pronto atendimento no Centro de Saúde José Maria Magalhães, no antigo Sesp.
Informou ainda, que a Polícia Militar deslocou para Itabuna um helicóptero utilizado na identificação de áreas focos, através de um trabalho de aerofotogrametria. Ainda ontem o secretário participou de uma reunião na Universidade Estadual de santa Cruz onde foi discutida a participação dos alunos e professores do curso de medicina da Uesc no esforço de contenção do avanço da dengue em Itabuna, uma cidade polo da região, com uma população de 10 mil habitantes.
Para o secretário de Saúde do Estado, a grande estratégia para vencer o avanço da dengue em Itabuna, seria um esforço coletivo e que já está sendo implementado através de uma ação em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, com os profissionais de saúde, além dos diversos setores da sociedade grapiúna. Ele também fez um apelo para que os profissionais de saúde sejam mobilizados na luta contra a dengue, “porque só se faz serviço de saúde com profissionais que vistam a camisa”.
Como secretário da Saúde e da Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes fez um relato da pior epidemia que atingiu o seu estado, com 250 mil casos de dengue, dos quais 130 mil na cidade do Rio e um saldo de 159 mortos. Disse ainda, que a epidemia mudou o modo de enfrentamento da doença, com ênfase na localização e erradicação dos focos dos mosquitos e num esforço de atendimento através de Centros de Referência atuando exclusivamente no foco da doença.
Cada centro de referencia oferecia aos pacientes atendimento com profissionais qualificados, além de assegurar a cada um deles 100% de exames laboratoriais, 100% de hidratação – que é o fator básico no enfrentamento da virose – e com a remoção dos pacientes considerados graves para a rede hospitalar. Um dado importante, é que nesses centros foram atendidos 80 mil pacientes sem o registro de nenhum óbito.
Sérgio Côrtes criticou o modelo da abordagem das campanhas contra a doença, que não conseguem sensibilizar o público e falou da integração do trabalho entre o pessoal da saúde e os bombeiros, que até hoje têm parte do seu efetivo atuando como agentes de endemias nas comunidades onde atuam. Outra fator importante é a sensibilização e a mobilização da população para o problema.(Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna).