A respeito da situação da lavoura, o prefeito enfatizou que “o mais importante nesse processo é a união dos cacauicultores, que têm enfrentado ao longo das duas últimas décadas sérias dificuldades econômicas e precisam de uma solução para os seus problemas”. Relatou ainda que esteve, em companhia do deputado Luiz Argolo, com o diretor da Ceplac, Jay Wallace, em Brasília, discutindo saídas para a crise do cacau. “Desde a introdução da vassoura-de-bruxa, a maioria dos produtores ficou envidada e descapitalizada, além de milhares de trabalhadores terem sido atingidos pelo desemprego”, disse.
Azevedo destacou ainda que o seu governo vem atuando de forma suprapartidária, buscando o diálogo com as diversas agremiações partidárias, mas sempre na defesa dos interesses da população de Itabuna e da região. “A nossa cidade é um polo regional e tanto irradia o seu desenvolvimento para outros municípios, como também é afetada pelos seus problemas e dificuldades, daí a necessidade de uma saída para a questão do endividamento dos produtores”, complementou o prefeito.
No encontro, aberto pelo secretário Walmir Rosário, foi destacada a representatividade dos produtores integrantes da comissão e que são uma referência na região, em termos de gestão das propriedades e nos avanços na incorporação de novas tecnologias no combate à vassoura-de-bruxa. Marcelino Oliveira elogiou a união dos produtores para fortalecimento da cacauicultura, que busca novos rumos, e a diversificação da economia regional.
O produtor José Carlos Macedo apresentou um relato dos problemas do setor cacaueiro, desde a introdução do fungo nas plantações de cacau, que foram literalmente dizimadas, provocando um pesado endividamento dos produtores e uma crise social. Ele elogiou o estilo de governo do prefeito Azevedo, que tem atuado acima dos partidos no atendimento dos interesses regionais.
O representante dos produtores lamentou, porém, que os recursos oferecidos para as quatro etapas do programa de recuperação da lavoura não puderam atender com eficiência às necessidades da lavoura. “Sem dúvida alguma, o PAC do Cacau, lançado há quase dois anos, deu um novo alento à vida dos 3 milhões de habitantes da região, mas não resolveu os problemas do setor”, declarou Macedo.
O produtor lembrou que os erros cometidos pela Ceplac na recomendação de práticas inadequadas e de material sem a resistência desejada não foram produto de má-fé, mas da própria falta de conhecimento histórico da doença e também da falta de tecnologias apropriadas para enfrentar um problema da dimensão da vassoura-de-bruxa.
O deputado Luiz Argolo explicou que tem acompanhado com atenção os problemas da lavoura do cacau, juntamente com o prefeito Azevedo. “A elaboração do documento é uma preocupação válida dos produtores e que será levada também ao governador Jaques Wagner, que tem se empenhado em resolver os problemas da cacauicultura e da Bahia. O cacau, historicamente, foi a maior matriz econômica do Estado e da própria região, que tem de voltar a ser forte e por isso mesmo precisa de novas alternativas, inclusive para a diversificação da sua produção por meio do investimento em novas lavouras”. O parlamentar acredita que o governador Jaques Wagner deverá reforçar as reivindicações, incluindo na agenda do presidente a questão do cacau, como um dos intens a ser tratado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula em sua visita à região. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)