Um sistema informatizado de dados, com múltiplas finalidades, que poderá, por exemplo, acelerar a realização de obras públicas, aperfeiçoar cadastros de programas sociais e ser utilizado até mesmo pelos órgãos de segurança. Assim pode ser explicado o geoprocessamento, uma complexa base de dados montada a partir de fotografias da cidade, e que Itabuna pretende implantar nos próximos meses.
O projeto está a cargo da Secretaria de Planejamento e Tecnologia, que define os parâmetros para a licitação do serviço. Em breve, será lançado o edital e a expectativa é de que toda a base de dados já esteja disponível no mês de junho. Além de montar o sistema, a empresa contratada será responsável pelo acompanhamento de sua utilização e treinamento de servidores municipais para o manuseio do programa.
“Nosso geoprocessamento será bastante avançado, as imagens terão uma precisão de dez centímetros, algo que provavelmente ainda não foi feito na Bahia”, afirma o secretário de Planejamento e Tecnologia, Maurício Athayde. Ele explica que o sistema será montado com base no cadastro imobiliário do município, formado por 94 mil unidades, mas as informações vão servir a diversos setores e programas, como os sociais e da saúde.
O serviço associa imagens em altíssima resolução a uma imensa gama de informações. Por meio do cruzamento de dados, é possível saber, por exemplo, se existe um cadastro no Bolsa Família vinculado a determinado endereço e inclusive combater eventuais irregularidades. “O programa acaba, dessa forma, facilitando a fiscalização, o que é extremamente positivo para a sociedade”, salienta Athayde.
Em alguns municípios da região Sudeste, a exemplo de Barretos – SP, o geoprocessamento tem sido utilizado também como instrumento da área de segurança. Com o uso da tecnologia, a polícia consegue chegar mais rápido num local onde algum crime esteja sendo cometido e, em muitos casos, prevenir com maior eficiência as ações delituosas. O secretário de Planejamento e Tecnologia de Itabuna acrescenta que o contrato para a construção da base de dados georreferenciada prevê uma atualização nas imagens a cada dois anos. Segundo Athayde, a medida é necessária em função das mudanças que se processam constantemente na área urbana. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)