Ao considerar inadequada a instalação do Departamento de Polícia Técnica (DPT), representantes do Fórum Permanente de Ilhéus estiveram em audiência com o prefeito Newton Lima para buscar apoio sobre sua mudança do centro da cidade para outro local. Como alternativa foram discutidas propostas para construir num espaço anexo ao Centro de Controle de Zoonoses, no alto do bairro Teotônio Vilela, na rodovia Ilhéus-Itabuna ou desapropriar área de propriedade da Coelba – do grupo Neoenergia –, no alto da Conquista. A idéia é não promover modificação estrutural e manter as mesmas dimensões do projeto original. A obra está em fase primária de execução.
Após ouvir as propostas o prefeito sugeriu que fosse elaborado documento subscrito por todos os representantes das entidades que têm assento no Permanente de Ilhéus e que participaram do encontro no seu gabinete. Depois de aprovado será encaminhado ao governador Jaques Wagner e ao secretário estadual de Segurança Pública, César Nunes. No elenco de medidas devem constar propostas indicando os espaços alternativos e os problemas que poderão advir com sua instalação no centro da cidade. Newton Lima informou que esta semana irá a Salvador discutir com o governador e com o secretário estadual de Segurança Pública as reivindicações apresentadas por representantes de segmentos sociais do município.
Newton Lima garantiu que caso o governo do Estado atenda este pleito a Prefeitura de Ilhéus, mesmo enfrentando alguns problemas de ordem financeira fará esforço concentrado no sentido da cidade contar num curto espaço de tempo com o Departamento de Polícia Técnica condizente e funcionando plenamente. “Diante da constante preocupação da população e segmentos sociais de Ilhéus sobre a problemática do DPT sempre discuti e tratei com as autoridades estaduais, a exemplo das deputadas Ângela Souza e Lídice da Matta. Agora, retorno mais uma vez com essa questão com o governador Jaques Wagner e com o secretário César Nunes”.
O presidente da Associação Comercial e presidente do Fórum Permanente de Ilhéus, Orlando Oliveira, disse que “não somos contra a construção do DPT na cidade. Questionamos é o local onde está sendo instalado. É inadequado por ser área turística e centro comercial. Um DPT tem área para necropsia, produz resíduos, água utilizada e odor permanente. Esses resíduos têm sua dispensa legalmente normatizada. Entretanto, a água servida será despejada na rede pluvial ou de esgoto? Quando a maré estiver cheia e a água de chuva se represar a inundação no centro de Ilhéus vai ter mau cheiro permanente incomodando o funcionamento do comércio e o seu entorno”. A Justiça Federal já se manifestou contra sua construção naquela área.
Com custo aproximado de R$ 510.948,47 e previsto para funcionar em área de 640 metros quadrados anexa à sede da Coorpin, o DPT, de acordo com o projeto do governo do estado deve contar com consultório médico, sala de criminalística – a exemplo de lesões corporais, homicídios, acidentes, danos ao patrimônio, drogas, armas, dentre outros –, laboratório e alojamento. Além de Ilhéus com cerca de 30 distritos e povoados, a unidade irá voltar a atender ainda 12 municípios na sua área de abrangência, principalmente com demanda no serviço de necropsia. A polícia técnica funcionava em ala improvisada próxima ao setor pediátrico do Hospital Geral Luiz Viana Filho e foi fechada em 2006. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Ilhéus)