A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e o Instituto Federal da Bahia (Ifba), o antigo Cefet-BA, assinaram ontem (dia 9), um termo de cooperação técnica científica para consolidar e desenvolver o Programa Estadual de Bioenergia da Bahia. O documento firma a parceria que já conta com uma série de ações conjuntas em andamento e abre perspectiva para novas estratégias de fomento ao setor de energia renovável.
Uma das ações mais importantes é a criação do segundo curso técnico de nível médio em biocombustível do país que vai funcionar em Porto Seguro. O outro funciona no Maranhão. A aula inaugural está marcada para a próxima segunda-feira, dia 16. A pesquisa sobre o etanol será desenvolvida em Porto Seguro, já que a Bahia produz apenas 30% do total consumido no estado deste tipo de combustível. Um dos maiores problemas é a falta de qualificação de profissionais para trabalhar neste setor, o que deve ser amenizado com o curso técnico.
O secretário de CT&I, Ildes Ferreira, mostrou-se entusiasmado com as perspectivas para as quais o trabalho conjunto aponta. “A pesquisa aplicada é o grande mote do momento porque pode dar respostas rápidas a problemas da sociedade. Boa parte dos centros de pesquisa está nesta direção e nós também”, afirmou.
O convênio vai viabilizar estratégias voltadas aos aspectos científico, tecnológico e inovativo associados à difusão tecnológica. “Este é apenas o início de uma parceria com grandes perspectivas, já que a rede de Institutos Federais Tecnológicos vai chegar a 17 unidades e duas extensões na Bahia”, disse a reitora do Ifba, Aurina Oliveira.
Está sendo concebido um projeto sobre o potencial da aplicação do lodo de esgoto da indústria de celulose na produção do girassol, pesquisa já aprovada pelo CNPq. A usina piloto de produção de biodiesel de Irecê está sendo instalada e a implantação das unidades de Paulo Afonso, Valença e Simões Filho já tem recursos assegurados. Outra novidade sendo elaborada é a implantação de uma microdestilaria para produção de etanol, cachaça e açúcar na unidade do Ifba em Porto Seguro.
Com o novo termo, a parceria vai ser formalizada e os instrumentos de implantação e mecanismos de realização passam a ser definidos. A política de biocombustíveis está articulada com a agricultura familiar para prover crescimento sustentável. Novas pesquisas devem surgir a partir da parceria, já que serão definidos programas de apoio à estruturação de uma rede de grupos de pesquisa em energia renovável. Além disso, serão estabelecidas as diretrizes para o funcionamento das Unidades Piloto de produção de biosiesel e álcool situadas nas unidades de ensino do Instituto Federal. (Fonte: Ascom da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação - Governo da Bahia)