Para conter as contaminações pelo vírus H1N1 e atender os casos suspeitos da gripe A, o Exercito está em atuação no sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, estado com 11 mortes confirmadas. O trabalho dos soldados consiste também em oferecer informações sobre a doença aos viajantes, principalmente nas fronteiras com a Argentina e o Uruguai, países onde a nova gripe apresenta maior número de vítimas. O reforço ao estado começou nesta terça-feira, 21 de julho.
Ao todo são 500 soldados para ações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está capacitando a tropa para evitar a contaminação de mais pessoas. Os militares irão auxiliar no preenchimento da declaração de saúde, realizada por pessoas que entram no país pelas fronteiras. A maior preocupação dos gestores locais é a entrada e saída diária de caminhoneiros nos países vizinhos.
Os Municípios que inicialmente receberão o Exército são: Porto Lucena, Porto Vera Cruz, Alecrim, Porto Mauá, Novo Machado, Doutor Maurício Cardoso, Crissiumal, Tiradentes do Sul, Esperança do Sul e Derrubadas. Na Capital, Porto Alegre, uma barraca foi montada pela Força Aérea Brasileira para atender possíveis casos da Influenza H1N1.
Os militares não vão impedir a entrada de nenhum viajante, mesmo se este não for brasileiro. Na declaração, as pessoas devem informar se tiveram ou não sintomas da gripe nos últimos dez dias. Alguns Municípios gaúchos, como Uruguaiana, por exemplo, decretaram estado de emergência. Além das mortes no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em São Paulo também ocorreram óbitos de pacientes, oito no estado paulista e uma no Rio. A estimativa é de que mais de três mil pessoas tenham sido contaminadas no Rio Grande do Sul, segundo o governo do estado.
Criação de Comitê para enfrentar a nova gripe - Além do trabalho dos militares, uma alternativa para evitar novos casos de Gripe A no Rio Grande do Sul é o Comitê Estadual de Enfrentamento da Doença, criado para conter o número de infectados. A Secretaria Estadual de Saúde, em reunião com o comitê nesta segunda-feira, 20 de julho, tratou sobre os procedimentos com pacientes dos hospitais do estado suspeitos de estarem contaminados.
O Comitê é dividido em três grupos: Vigilância em Saúde, Assistência e Comunicação Social e Educação em Saúde. O primeiro é responsável pelo monitoramento dos pacientes e encaminhamento aos hospitais, a segunda tratará do mapeamento e da estrutura dos atendimentos e por último, a entendimento com a Secretaria da Saúde, Assessoria de Comunicação Social, Anvisa e Casa Militar.
Países da América do Sul se mobilizam contra a Gripe A - Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile marcaram reunião para o dia 23 de julho afim de discutirem medidas contra as contaminações e mortes pela nova gripe. Até o momento, 20 pessoas morreram no Brasil por causa da Gripe A e 1.175 estão sendo monitoradas em hospitais especializados, segundo dados do Ministério da Saúde.
A reunião será em Assunção, capital paraguaia, com líderes de saúde e desenvolvimento social dos países do Mercosul e de associados. De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, o Chile será o principal país na troca de experiências. O país começou estudos sobre a transmissão da doença e poderá ser exemplo para outros países latino-americanos no monitoramento da Influenza H1N1.(Fonte: CNM com informações do Zero Hora, G1 e O Globo)