Debate sobre tratamento de lixo reúne 14 prefeitos da região

Prefeitos da região, secretários municipais e técnicos ligados à área ambiental foram recebidos pelo prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, quarta-feira (22), no Itabuna Palace Hotel para apresentação de uma proposta de substituição do lixão e aterro sanitário por uma indústria de processamento de resíduos orgânicos. O projeto é uma iniciativa conjunta da AFG Consultores em parceria com a Organoeste Biotecnologia.

O representante da AFG na Bahia, Capitão Osvaldo Barbosa, afirmou que será implantada a usina de tratamento em Itabuna, observando a possibilidade de instalação de duas na cidade, devido ao número de habitantes superior a 200 mil e também ao grande volume de lixo produzido diariamente. “Para a instalação da usina é necessário o efetivo de no mínimo 100 mil habitantes, assim as cidades vizinha, com perímetro de 60 quilômetros de distância e que têm número inferior de habitantes podem ser organizar para a implantação de uma usina ou escolherem Itabuna como sede do tratamento” argumentou.

Barbosa explicou que a prefeitura de Itabuna vai substituir o lixão pela indústria de tratamento de lixo, responsável pela industrialização do material orgânico recolhido. “A usina tem a função de separar o lixo trazido pelos caminhões. Neste sentido, é respeitado um processo que abrange a pesagem dos resíduos e depois a separação do material orgânico realizado numa esteira” observou. Capitão Barbosa, salientou que o material orgânico separado é transformado em três tipos de abubo granulados com alto teor de nutrientes, já qualificados como uns dos melhores do mundo.

A prefeitura não terá nenhum custo para a implantação da usina na cidade. O representante nordeste da AFG, Carlos Alex, disse que a contrapartida do município é a doação do terreno com terraplanagem e iluminação. Além disso, ele acrescentou que conforme estabelecido pelo Ministério Público, o município recebe 30% em royalties, que devem ser divididos em 20% para aplicação em algum projeto escolhido pela administração e 10%, obrigatoriamente, destinado a projetos sociais.

“O crédito de carbono é quem gera o royalties, então para cada 100 mil habitantes é calculado cerca de 1 milhão em retorno de crédito de carbono, sendo 300 mil destinados como royalties para a prefeitura. No caso de Itabuna, estima-se uma média de 200 mil habitantes, portanto é calculado 2 milhões em crédito de carbono, gerando em torno de 600 mil de royalties para o município” complementou Capitão Barbosa.

O representante da AFG na Bahia, Capitão Barbosa ainda ressaltou que a indústria gera, em média, 50 empregos diretos e em Itabuna terá a capacidade de propiciar mais 300 a 400 empregos indiretos. “Os catadores de lixo não vão perder a fonte de renda” frisou. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)