De acordo com o secretário Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos (Smarh), Vidigal Cafezeiro, esta é uma ação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Prefeitura, Ministério Público e empresas privadas. O empresário da construção civil, Edson Gama Souza, que é o atual proprietário do terreno próximo ao manguezal, assumiu os custos da remoção do aterro, estimado em 200 mil reais. Segundo o empresário, dois fatores o motivaram: além da preocupação com a ecologia, a recuperação da área é a condição para liberação da licença ambiental que permitirá a construção de um condomínio com 33 unidades.
Coordenador de fiscalização da Smarh, Ronaldo Lopes ressaltou o engajamento de Edson Gama. “Esse é o primeiro empreendedor do município a ter uma efetiva consciência ecológica: espero que a iniciativa seja seguida por outros empresários da região”, disse. A Técnica Construtora, empresa de construção civil em contrapartida por promover passivo ambiental, patrocinará a compra das mudas e o pagamento dos pescadores.
A próxima ação será a revitalização de quatro outros rios que atravessam o Município. O primeiro a ser contemplado com recuperação da mata ciliar, por sua pequena dimensão e pelo estado avançado de degradação, será o rio Sapato, que atravessa a cidade paralelo a orla. O projeto SOS Rio Sapato é uma parceria da Prefeitura com o G Barbosa. O rio ganha mudas a serem plantadas em 800 metros lineares de área.
Entre as ações, há ainda a revitalização do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico que contará com a contrapartida do Atacarejo e da empresa de construção civil Empar. “Outra região beneficiada é uma Área de Preservação Permanente do Ibama, próximo ao cartódromo de Ipitanga, onde serão colocadas placas avisando que ali não é permitido construir”, informa o Secretário Vidigal.
Coordenador executivo da Smarh, Edmar Damasceno destacou a grande preocupação da prefeita Moema Gramacho com a recuperação do Meio Ambiente. “A luta é por devolver ao meio ambiente o que lhe foi tirado durante anos”, disse. Para o secretário da Smarh, Vidigal Cafezeiro Neto, a prefeitura não é contra a expansão urbana, que é inevitável. “Mas a prefeita entende que é preciso promover um crescimento sustentável e ações que favoreçam a recuperação de passivos ambientais”, adverte. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Lauro de Freitas)