Profissionais do Caps-IA querem fortalecer rede de atendimento

Promover uma maior articulação entre os profissionais que atuam na assistência psicossocial e o fortalecimento da rede de atendimento em Itabuna. É com este propósito que a equipe de trabalho do Centro de Atenção Psicossocial Infantil e da Adolescência (Caps-IA) está empenhada e planeja uma série de ações focadas na sensibilização e conscientização para o ano de 2010, a exemplo do fórum de debates. O Caps IA atende crianças e adolescentes que são acometidas de grave comprometimento psíquico: neuroses e psicoses crônicas, incluindo transtornos de personalidade, humor, comportamento e de desenvolvimento psicológico.

Segundo a administradora da unidade, Rosemare Vilas Boas, existindo uma maior interação entre as equipes que atuam nos Caps (IA, 2 e AD), no Centro Psicossocial da Educação Inclusiva (Cepei), no Centro de Reabilitação e Desenvolvimento Humano (Creadh), bem como com nas unidades básicas de saúde, no Centro Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e Centro de Referência em Assistência Social (Cras), é possível assegurar a satisfação no atendimento para aqueles que buscam os serviços na área de transtornos mentais.

O Caps IA conta com 12 profissionais nas áreas de assistência social, enfermagem, psicologia, médico psiquiatra e neuropediatra, fisioterapeuta, farmacêutico, além de terapeuta ocupacional, técnicos de saúde pública, de enfermagem e agentes da área administrativa. “Fortalecer o trabalho desta equipe, socializar informações sobre o papel desempenhado por cada um destes profissionais e buscar maior consonância com os demais órgãos de saúde e assistência social é imprescindível para que a assistência prestada aos portadores de transtornos mentais possa acontecer de forma humanizada e eficiente”, argumenta Rosemare.

O psiquiatra Talles Câmera observa que, existindo uma maior interação na rede de atendimento, é possível até mesmo mudar a cultura em relação à assistência aos pacientes psiquiátricos. “Nem sempre as demandas registradas no processo de triagem dizem respeito às especialidades de atendimento oferecidas no Caps IA. Com isto, é possível perceber que ainda existe uma defasagem no conhecimento tanto dos profissionais que formam a rede, quanto das famílias dos pacientes e da população em geral”, ressalta o médico.

Câmera destaca que a política do Caps é focada nos transtornos mentais de maior gravidade, exigindo coerência no atendimento desde a chegada do paciente à unidade básica de saúde. “Nesta perspectiva, a questão multidisciplinar é relevante porque nenhum profissional tem precedência, ou seja, todos têm importância na medida que são especialistas naquilo que fazem”, frisou.

A terapeuta ocupacional Magnovanda Martins Oliveira enfatiza a questão do acolhimento e do vínculo estabelecido entre a equipe de atendimento,os pacientes e os familiares, como algo imprescindível no processo de tratamento e reabilitação social. “Quando estabelecemos essa conexão, todo o trabalho de atendimento individual, de grupos terapêuticos e operativos, bem como as oficinas, resultam na satisfação dos pacientes e eficiência dos serviços”, diz.

Atualmente, o Caps IA atende 158 pacientes, na faixa etária de 3 a 18 anos incompletos, com as seguintes patologias: retardo mental leve, moderado e grave; autismo infantil; Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; distúrbio de conduta não-socializado; episódio depressivo; esquizofrenia; e transtorno esquizoafetivo. Além das atividades na unidade, que incluem o fornecimento da medicação, a equipe também realiza visitas domiciliares. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)