No seu discurso, o prefeito lembrou que as autoridades não podem se omitir diante de um fato que tem preocupado a todos, mesmo reconhecendo que muitas injustiças foram historicamente promovidas contra as populações originárias. “No entanto, como bem já afirmou o governador Jaques Wagner, tais crimes não foram praticados pelo mais de 20 mil habitantes que habitam e sobrevivem por muitas décadas nas terras que a Funai equivocadamente pretende demarcar”, disse ao presidente Lula.
Newton Lima assegurou que “tal equívoco tem o mérito de ter deflagrado o conflito entre pequenos, até então inexistente nestas paragens. O seu exemplo, caro presidente, de toda uma vida, dedicada a conciliação e à mesa de negociação, deve servir de inspiração para que a situação já grave, não se arraste indefinidamente nos tribunais. A revisão do relatório da Funai é imperiosa e cabível”, disse.
O presidente Lula afirmou que esse processo está apenas iniciando. E disse que é preciso lembrar que na região de conflito moram famílias com 200, 80 e até 50 anos de dedicação à lavoura. “É verdade que mandei especialistas fazer investigação e sabemos que o Brasil inteiro é de terras índios, a exemplo de São Paulo e o Rio Grande do Sul. É verdade que eles têm direito a terra e a verdade também que existem inúmeras famílias morando lá e a gente precisa tratar os dois casos como brasileiros. Mas vocês podem ficar tranquilos que vou tratar o problema com carinho”, garantiu Lula. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Ilhéus)