O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, foi representado pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Marcelino Oliveira, no lançamento do mutirão para adequação das dívidas dos produtores de cacau ao FNE Verde. A solenidade, que foi realizada nesta terça-feira (27), no auditório do Centro de Pesquisas do Cacau, teve as presenças do secretários de Agricultura do Estado, Roberto Muniz; de Meio Ambiente, Juliano Mattos; da diretora do Instituto de Meio Ambiente, Beth Wagner, e do diretor da Ceplac, Jay Wallace, além do deputado estadual Luiz Argolo (PP) e do presidente do Instituto Biofábrica, Henrique Almeida, e representantes do Banco do Brasil, Nordeste e Desenbanco.
Na oportunidade, foram assinados os contratos dos produtores Emanoel Floresta Fontes, Carlos Alberto Fraife e José Batista Bomfim, que juntos representavam simbolicamente as 4.858 operações já prontas para a assinatura, totalizando o equivalente a R$ 158 milhões. Hoje, 8.664 contratos no valor total de R$ 482 milhões estão enquadrados na Lei 11.775/2008, que criou o PAC do Cacau. Pelo sistema considerado FNE Verde, os produtores terão 20 anos de prazo para liquidação da dívida, com oito de carência e 12 anos para pagar.
O secretário Roberto Muniz destacou a importância da assinatura do contrato para renegociação das dividas dos produtores de cacau, que trabalham com uma cultura conservacionista e que foi capaz de preservar a Mata Atlântica. Destacou ainda a importância do reenquadramento da divida no FNE Verde, o que permite o alongamento do seu perfil, com melhores condições de pagamento. “Mas o passo decisivo para que isso pudesse acontecer foi a Nota Técnica da Ceplac, que subsidiou a proposta do governo do estado e que foi negociada com os agentes financeiros, num ano difícil e marcado pela superação de dificuldades”.
Roberto Muniz também elogiou o trabalho da Câmara Setorial do Cacau, que foi fundamental para a definição do sistema de cacau cabruca. Lamentou, porém, que a discussão sobre o Pesa, um gravame que afeta aos produtores da primeira e segunda fase do programa de recuperação da lavoura cacaueira, não depende do governo do estado, cuja preocupação maior é atrair mais recursos para a região cacaueira.
Ele anunciou que o Banco do Brasil e o do Nordeste sinalizam com mais R$ 200 milhões para novos investimentos injetando dinheiro novo na economia regional. Defendeu projetos que agreguem valor à cacauicultura como a produção de cacau fino e cacau orgânico. Também falaram o secretário Juliano Mattos, a presidente do IMA Beth Wagner e o diretor da Ceplac, Jay Wallace, destacando a importância da recuperação da lavoura cacaueira, que sempre preservou os recursos naturais e é um fator de desenvolvimento sustentado.
Já o deputado Luiz Argolo acredita que o mutirão de contratos representa um passo importante para a recuperação da economia cacaueira, que precisa de mais recursos, investimentos e apoio do governo beneficiando a milhares de produtores. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Itabuna)